330 a.C. (Anno Mundi 3565) – Alexandre, o
Grande, conquista a Pérsia
Conquistou a Pérsia derrotando Dario III em 330 AC, e ao falecer
em 323 AC seu reino se estendia desde a Grécia até o Afeganistão. O império
persa subsistiu, desta forma, por 213 anos.
Segundo Flávio Josefo (História dos Hebreus, Vol. 3, Cap. I, §.
451), tomando os judeus como observadores deste confronto, a expectativa sobre
o embate entre Alexandre e Dario III era de que Dario saísse vencedor.
Deu-se, porém, o contrário, e uma vez derrotado Dario, Alexandre
seguiu para a Síria tomando Damasco e Sidon, vindo a empenhar-se então na
conquista da cidade de Tiro.
Neste tempo a Samaria era governada por um tal Sambalate, que
havia por sinal sido criado por Dario III. Sambalate estivera ao lado de Dario
por toda sua vida, mas quando a situação se inverteu favorável a Alexandre,
este não tardou em passar para seu lado enviando inclusive oito mil homens de
seu exército para auxiliar Alexandre na guerra contra Dario.
Aproveitando-se da ocasião, com Alexandre vitorioso, Sambalate,
governador da Samaria, pediu-lhe autorização para construir um templo no Monte
Gerazim, perto de Siquém, na Samaria, e constituir nele seu genro, Manassés,
como sumo-sacerdote, uma vez que este já havia ocupado o mesmo cargo no Templo
de Jerusalém, mas por razões políticas havia sido afastado do mesmo. Alexandre
autorizou e recomendou que a construção fosse ultimada com muita urgência.
Este templo viria a ser destruído no ano 128 AC por João
Hircano, 200 anos depois de haver sido construído, mas o local continou sendo
um ponto de adoração para os samaritanos, conforme se lê no Evangelho de João
que nos relata o diálogo entre Jesus e a mulher samaritana (Jo 4:19-21).
Alexandre enviou nesta ocasião uma carta ao sumo sacerdote de
Jerusalém, por nome Jaddo, em que lhe pedia três coisas: auxílio, comércio
livre com seu exército, e a mesma ajuda que dava a Dario.
Jaddo respondeu a Alexandre que por força de juramento nada
poderia fazer contra Dario enquanto este vivesse, pois havia entre eles um
pacto.
Alexandre prometeu então punir Jerusalém logo que se desocupasse
de Tiro, e de fato, marchou contra a cidade conforme prometera.
Diz Josefo que se preparou assim toda Jerusalém para sua chegada
esperando pelo pior, e que por inspiração divina os sacerdotes se vestiram de
branco para recebê-lo.
Ao ver então o nome de Deus gravado em ouro na tiara do sumo
sacerdote, Alexandre se prostrou em adoração. Indagado por Parmênio, um de seus
generais (a quem Alexandre viria a assassinar posteriormente), por qual razão o
homem diante de quem todos se prostravam adorava agora um simples sacerdote,
Alexandre respondeu:
“Não é a ele, o sumo-sacerdote que adoro, mas é ao Deus de quem
ele é ministro, pois quando eu ainda estava na Macedônia e imaginava como
poderia conquistar a Ásia, Ele me apareceu em sonhos com estes mesmos hábitos,
e me exortou que passasse o estreito do Helesponto e garantiu-me que Ele
estaria à frente de meu exército e me faria conquistar o império dos persas.
Eis por que jamais tendo visto antes a ninguém revestido de trajes semelhantes
aos que Ele me apareceu em sonho, não posso duvidar de que foi por ordem de
Deus que empreendi esta guerra e assim venci Dario.”
Alexandre depois de assim ter respondido a Parmênio subiu ao
templo e ofereceu sacrifícios a Deus conforme a orientação do sumo-sacerdote, que
lhe mostrou na ocasião o Livro de Daniel, onde estava escrito que um príncipe
da Grécia destruiria o império dos persas e disse-lhe que não duvidava de quera
dele de quem falava a profecia.
O relato de Josefo não encontra paralelo na Bíblia, mas quem pode
duvidar que que seja verdadeiro o seu testemunho? A Bíblia revela que Deus
chamou homens poderosos como Nabucodonosor e Ciro para cumprir Sua vontade e
mesmo não sendo mencionado o fato na Bíblia, muito mais Alexandre que todos os
demais prestaram um enorme serviço ao Senhor da história, pois Jesus, na
plenitude dos tempos (Gl 4:4), pregará aos judeus o evangelho que se espalhará
pelo mundo escrito e falado na língua grega.
Alexandre aproximou o ocidente do oriente originando assim uma
cultura helênica de caráter mundial a partir do estímulo ao comércio,
tolerância religiosa e casamentos inter culturais.
323 AC (Anno Mundi 3573) – morre Alexandre, o Grande
Alexandre morreu na cidade de Babilônia em 323 AC, tendo seu reino sendo divido entre os chefes de seu exército: Depois muita luta e várias revoltas por todo império, Antígono teve a Ásia; Seleuco, a Babilônia e as nações vizinhas; Cassasndro, a Macedônia, e Ptolomeu, filho de Lago, o Egito.
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