sábado, 6 de maio de 2017

SARDES - VIVOS, PORÉM MORTOS!

E ao anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete espíritos de Deus, e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto.
Sê vigilante, e confirma os restantes, que estavam para morrer; porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus.
Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei.
Mas também tens em Sardes algumas poucas pessoas que não contaminaram suas vestes, e comigo andarão de branco; porquanto são dignas disso.
O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.
Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.

     ·      A história da igreja de Sardes tem muito a ver com a história da cidade de Sardes.

     ·     A glória de Sardes estava no seu passado. Sardes foi a capital da Lídia no século VII a.C., viveu seu tempo áureo nos dias do rei Creso. Era uma das cidades mais magníficas do mundo nesse tempo.

    ·  Situada no alto de uma colina, amuralhada e fortificada, sentia-se imbatível e inexpugnável. Seus soldados e habitantes pensavam que jamais cairiam nas mãos dos inimigos. De fato a cidade jamais fora derrotada por um confronto direto. Seus habitantes eram orgulhosos, arrogantes e autoconfiantes.

    ·  Mas a cidade orgulhosa caiu nas mãos do rei Ciro da Pérsia em 529 a.C., quando este cercou a cidade por 14 dias, e quando seus soldados estavam dormindo, ele penetrou com seus soldados por um buraco na muralha, o único lugar vulnerável, e dominou a cidade. Mais tarde, em 218 a.C., Antíoco Epifânio dominou a cidade da mesma forma. Os membros da igreja entenderam claramente o que Jesus estava dizendo, quando afirmou: “Sede vigilantes!... Senão virei como ladrão da noite!”.

    ·  A cidade foi reconstruída no período de Alexandre o Magno e dedicada à deusa Cibele. Essa divindade padroeira era creditada com poder especial de restaurar vida dos mortos.

       ·     No ano 17 d.C., Sardes foi parcialmente destruída por um terremoto e reconstruída pelo imperador Tibério. A cidade tornou-se famosa pelo alto grau de imoralidade que a invadiu e a decadência que a dominou.

      ·   É nesse contexto que vemos JESUS enviando essa carta à igreja. Sardes era uma igreja poderosa, dona de um grande nome. Uma igreja que tinha fama, mas não vida. Tinha performance, mas não integridade. Tinha obras, mas não tinha dignidade.

DIAGNÓSTICO

      ·    As palavras de Jesus à igreja foram mais bombásticas do que o terremoto que destruiu a cidade no ano 17 d.C.

      ·   A igreja tinha adquirido o nome. A fama da igreja era notável. A igreja gozava de grande reputação na cidade. Nenhuma falsa doutrina estava prosperando na comunidade.

      ·   A igreja de Sardes não:

      1)      Abandonou o primeiro amor como a igreja de Éfeso;
      2)      Dava ouvidos aos balaamitas como a igreja de Pérgamo;
      3)      Toleravam a profetiza Jezabel como a igreja de Tiatira;
      4)      Não tinham pouca força como a igreja de Filadélfia;
      5)      Não eram mornos como a igreja de Laodicéia.

    · O diabo não precisou perseguir essa igreja de fora para dentro. Eles estavam sendo mortos e derrotados pelos seus próprios pecados.

       ·    A igreja parecia mais um cemitério espiritual, do que um hospital para os enfermos.

MORTE ESPIRITUAL

       ·    O mundanismo adoece a igreja.

       ·   O pecado mata a vontade de buscar as coisas de Deus.

       ·  O pecado mata os sentimentos mais elevados e petrifica o coração. No começo vêm dúvidas, medo, tristeza, depois a consciência cauteriza.

OS CRENTES NA IGREJA DE SARDES

      ·         Promoviam o próprio nome, não o de Cristo.

      ·         Honravam à Deus com seus lábios, mas o coração estava longe do Senhor (Is 29:13).

      ·         A vida deles estava manchados pelo pecado.

      ·         Cantavam hinos de adoração, mas a mente estava longe do Senhor.

      ·         Pregavam com ardor, mas penas para exibir a sua cultura.

      ·         A maioria dos crentes estava contaminando as suas vestiduras. Isso é o símbolo da corrupção.
  
     ·         Por baixo da aparência piedosa daquela respeitável congregação, havia impureza escondida na vida dos seus membros.

      ·         Aqueles crentes também viviam uma vida moralmente frouxa.

      ·         O mundo estava entrando dentro da igreja de Sardes.

PALAVRAS DE JESUS

      ·         (v.1) Conheço as suas obras: Jesus estava dizendo que, por mais que diziam que a igreja estava viva, Ele, o criador da igreja a encontrava morta.

       ·         (v.2) Sê vigilante (ou “fique atento”): O imperativo de Jesus era para eles acordarem e tomarem uma atitude.

      ·         (v.3a) Lembre-se do que tens recebido e ouvido, obedeça e arrependa-se: A igreja havia se esquecido completamente da Palavra.

       ·         (v.3b) Se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que horas virei sobre ti: Pela soberba e a falta de vigilância, eles caíram nas mãos do rei Ciro da Pérsia em 529 a.C., e mais tarde, em 218 a.C., nas mãos de Antíoco Epifânio. Jesus estava os alertando para não cometerem o mesmo erro.

A CURA PARA UMA IGREJA MORTA

     ·         Voltar para a Palavra. O verdadeiro avivamento tem na Bíblia sua base, fonte, motivação, seu limite e propósito.

      ·         Vigilância espiritual. A igreja precisa ser vigilante contra as ciladas de satanás e contra a tentação do pecado. Os crentes devem fugir de lugares, situações e pessoas que podem ser um laço para os seus pés.
  
      ·         O diabo não atacou a igreja de Sardes com perseguições e nem com heresias, mas a minou com o mundanismo. Os crentes não estão sendo mortos pela espada do mundo, mas pela amizade com o mundo.

       ·         A igreja precisa ouvir a voz de Cristo, pois:

a)      Em Éfeso, a igreja abandonou o primeiro amor, mas ainda tinha aqueles que odiavam as práticas dos nicolaítas;

b)      Em Esmirna, a igreja era pobre materialmente, mas Jesus os via ricos espiritualmente;

c)       Em Pérgamo, a igreja tinha algumas pessoas que se apegavam aos ensinos de Balaaão, mas ainda havia aqueles que não abandonaram a fé em Cristo;

d)      Em Tiatira, a igreja tolerava Jezabel, mas tinha aqueles que estavam fazendo obras maravilhosas;

e)      Em Filadélfia, a igreja tinha pouca força, mas guardava o nome do Senhor;


      ·         Cristo sempre preservará aqueles que andam corretamente na sua vontade.