E ao anjo da igreja
que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete espíritos de Deus, e as
sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto.
Sê vigilante, e
confirma os restantes, que estavam para morrer; porque não achei as tuas obras
perfeitas diante de Deus.
Lembra-te, pois, do
que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares,
virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei.
Mas também tens em
Sardes algumas poucas pessoas que não contaminaram suas vestes, e comigo
andarão de branco; porquanto são dignas disso.
O que vencer será
vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da
vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.
Quem tem ouvidos,
ouça o que o Espírito diz às igrejas.
· A história da
igreja de Sardes tem muito a ver com a história da cidade de Sardes.
· A glória de
Sardes estava no seu passado. Sardes foi a capital da Lídia no século VII a.C.,
viveu seu tempo áureo nos dias do rei Creso. Era uma das cidades mais
magníficas do mundo nesse tempo.
· Situada no alto
de uma colina, amuralhada e fortificada, sentia-se imbatível e inexpugnável.
Seus soldados e habitantes pensavam que jamais cairiam nas mãos dos inimigos.
De fato a cidade jamais fora derrotada por um confronto direto. Seus habitantes
eram orgulhosos, arrogantes e autoconfiantes.
· Mas a cidade
orgulhosa caiu nas mãos do rei Ciro da Pérsia em 529 a.C., quando este cercou a
cidade por 14 dias, e quando seus soldados estavam dormindo, ele penetrou com
seus soldados por um buraco na muralha, o único lugar vulnerável, e dominou a
cidade. Mais tarde, em 218 a.C., Antíoco Epifânio dominou a cidade da mesma
forma. Os membros da igreja entenderam claramente o que Jesus estava dizendo,
quando afirmou: “Sede vigilantes!...
Senão virei como ladrão da noite!”.
· A cidade foi reconstruída
no período de Alexandre o Magno e dedicada à deusa Cibele. Essa divindade
padroeira era creditada com poder especial de restaurar vida dos mortos.
· No ano 17 d.C.,
Sardes foi parcialmente destruída por um terremoto e reconstruída pelo
imperador Tibério. A cidade tornou-se famosa pelo alto grau de imoralidade que
a invadiu e a decadência que a dominou.
· É nesse contexto
que vemos JESUS enviando essa carta à igreja. Sardes era uma igreja poderosa,
dona de um grande nome. Uma igreja que tinha fama, mas não vida. Tinha
performance, mas não integridade. Tinha obras, mas não tinha dignidade.
DIAGNÓSTICO
· As palavras de
Jesus à igreja foram mais bombásticas do que o terremoto que destruiu a cidade
no ano 17 d.C.
· A igreja tinha
adquirido o nome. A fama da igreja era notável. A igreja gozava de grande
reputação na cidade. Nenhuma falsa doutrina estava prosperando na comunidade.
· A igreja de
Sardes não:
1)
Abandonou o
primeiro amor como a igreja de Éfeso;
2)
Dava ouvidos aos
balaamitas como a igreja de Pérgamo;
3)
Toleravam a
profetiza Jezabel como a igreja de Tiatira;
4)
Não tinham pouca
força como a igreja de Filadélfia;
5)
Não eram mornos
como a igreja de Laodicéia.
· O diabo não
precisou perseguir essa igreja de fora para dentro. Eles estavam sendo mortos e
derrotados pelos seus próprios pecados.
· A igreja parecia
mais um cemitério espiritual, do que um hospital para os enfermos.
MORTE ESPIRITUAL
· O mundanismo
adoece a igreja.
· O pecado mata a
vontade de buscar as coisas de Deus.
· O pecado mata os
sentimentos mais elevados e petrifica o coração. No começo vêm dúvidas, medo,
tristeza, depois a consciência cauteriza.
OS CRENTES NA IGREJA DE SARDES
·
Promoviam o
próprio nome, não o de Cristo.
·
Honravam à Deus com
seus lábios, mas o coração estava longe do Senhor (Is 29:13).
·
A vida deles
estava manchados pelo pecado.
·
Cantavam hinos
de adoração, mas a mente estava longe do Senhor.
·
Pregavam com
ardor, mas penas para exibir a sua cultura.
·
A maioria dos
crentes estava contaminando as suas vestiduras. Isso é o símbolo da corrupção.
·
Por baixo da
aparência piedosa daquela respeitável congregação, havia impureza escondida na
vida dos seus membros.
·
Aqueles crentes
também viviam uma vida moralmente frouxa.
·
O mundo estava
entrando dentro da igreja de Sardes.
PALAVRAS DE JESUS
·
(v.1) Conheço as suas obras: Jesus estava
dizendo que, por mais que diziam que a igreja estava viva, Ele, o criador da igreja
a encontrava morta.
·
(v.2) Sê vigilante (ou “fique atento”): O
imperativo de Jesus era para eles acordarem e tomarem uma atitude.
·
(v.3a) Lembre-se do que tens recebido e ouvido,
obedeça e arrependa-se: A igreja havia se esquecido completamente da
Palavra.
·
(v.3b) Se não vigiares, virei sobre ti como um
ladrão, e não saberás a que horas virei sobre ti: Pela soberba e a falta de
vigilância, eles caíram nas mãos do rei Ciro da Pérsia em 529 a.C., e mais
tarde, em 218 a.C., nas mãos de Antíoco Epifânio. Jesus estava os alertando
para não cometerem o mesmo erro.
A CURA PARA UMA IGREJA MORTA
·
Voltar para a
Palavra. O verdadeiro avivamento tem na Bíblia sua base, fonte, motivação, seu
limite e propósito.
·
Vigilância
espiritual. A igreja precisa ser vigilante contra as ciladas de satanás e
contra a tentação do pecado. Os crentes devem fugir de lugares, situações e
pessoas que podem ser um laço para os seus pés.
·
O diabo não
atacou a igreja de Sardes com perseguições e nem com heresias, mas a minou com
o mundanismo. Os crentes não estão sendo mortos pela espada do mundo, mas pela
amizade com o mundo.
·
A igreja precisa
ouvir a voz de Cristo, pois:
a)
Em Éfeso, a igreja
abandonou o primeiro amor, mas ainda tinha aqueles que odiavam as práticas dos
nicolaítas;
b)
Em Esmirna, a igreja
era pobre materialmente, mas Jesus os via ricos espiritualmente;
c)
Em Pérgamo, a
igreja tinha algumas pessoas que se apegavam aos ensinos de Balaaão, mas ainda
havia aqueles que não abandonaram a fé em Cristo;
d)
Em Tiatira, a igreja
tolerava Jezabel, mas tinha aqueles que estavam fazendo obras maravilhosas;
e)
Em Filadélfia, a
igreja tinha pouca força, mas guardava o nome do Senhor;
·
Cristo sempre
preservará aqueles que andam corretamente na sua vontade.
Bom
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