quinta-feira, 18 de julho de 2013

Prison Break: Justiça, conspiração, liberdade e amor

Prison Break é uma série americana que foi transmitida pela Fox. Teve sua estreia em 2005 e término em 2009 contando com quatro temporadas.

Michael Scofield é um cara desesperado que toma medidas desesperadas para salvar seu irmão Lincoln Burrows, que acusado de matar o irmão da vice-presidente dos EUA, é condenado à cadeira elétrica.
Mas, Burrows é inocente! Tudo não passa de uma inacreditável armação envolvendo a própria vice-presidente e altos escalões do Governo com rabo preso nos interesses capitalistas de uma organização que dita os rumos da economia e da política do país. Esse grupo é chamado de A Companhia, e é o grande vilão da trama.

Com apenas pouquíssimos dias para a execução do irmão, Michael decide fazer tudo para libertá-lo. Para tanto, elabora um plano de fuga quase impossível. Ele assalta um banco para ir parar na mesma prisão que o irmão está detido. Uma vez dentro da Penitenciária Estadual Fox River, Michael dá início ao seu plano de fuga para livrá-lo da sentença de morte. Michael Scofield se destaca pela inteligência. Por ser engenheiro e conhecer as plantas e estrutura da prisão, ele tatua em todo o corpo o seu plano para fugir de Fox River levando seu irmão Lincoln Burrows para a liberdade. Mas, ele só tem três dias para conseguir!

Como já sabemos, nem tudo que planejamos na vida dá certo. A partir daí Michael se depara com diversas dificuldades e vai tendo que encontrar outras formas de colocar seu plano em prática, adaptando, incrementando, e tendo flexibilidade diante das adversidades. Se for pra resumir toda a série em uma só palavra eu escolheria"tenso". A capacidade dos roteiristas de fazer suspense de episódio para episódio é algo que os escritores de novela da Globo deveriam aprender. Assistir Prison Break já vale por isso. Mas, tem muito mais.

O que me chamou à reflexão na série foram as temáticas levantadas: justiça, amor, liberdade, amizade, família, perdão, fé, esperança, redenção e conspiração.

O bem e o mal dentro de cada um são explorados com bastante propriedade. O cara ruim que te prejudicou hoje pode ser o cara que vai te salvar amanhã e você irá precisar dele. Ou você pode ser o cara que ferra o outro e um dia virá a precisar do cara que você ferrou outro dia. Essa inversão de circunstâncias é muito presente na série. Outra coisa também muito bem expressa é a transformação que o poder pode infligir no carácter de um homem. Quando tenho poder em mãos minha forma de tratar as pessoas muda. O fato de possuir autoridade sobre outros me modifica. E o mesmo acontece quando estou debaixo dos outros. A humilhação transforma um homem. Ou tende a torná-lo nobre ou amargo.

Em Prison Break, Michael se vê diante de decisões difíceis como ter que incluir na sua fuga outros prisioneiros que acabaram descobrindo o plano. Dentre eles, um assassino e pedófilo repugnante; um soldado que por escolhas erradas acabou sendo incriminado; um chefão de crime organizado; um cara bom preso por uma decisão ruim de roubar; um moleque que já começou errado na vida e vai parar na prisão, etc.

Uns completamente culpados e merecedores de punição devida, já outros soam mais como vítimas de contextos diversos e metidos em problemas grandes demais comparados com como entraram neles. É assim também na vida real. Uma cachoeira leva para outra cachoeira. Um pequena escolha errada por mínima que seja pode trazer problemas de outra magnitude.

E aí que entra a questão da justiça. Quem é justo e quem não é? Quem merece estar preso e quem não merece? Quem merece perdão? Quem merece redenção? Quem merece uma segunda chance?

O que fazer quando entidades da lei não são mais opções de justiça, mas são agentes de injustiça? Se você gosta de teorias da conspiração com certeza vai curtir muito Prison Break. A ideia de todo um Governo estar corrompido, daqueles que estão lá para proteger e guardar a lei em favor dos fracos e impotentes terem se vendido à ganância nos faz pensar: em quem podemos confiar quando a polícia está lá para te ferrar? Em quem podemos confiar quando o juiz está lá para te condenar em troca de alguns milhões a mais na conta? Em quem confiar quando tudo o que lhe resta é quem você se importa e está do seu lado? Fiz essa pergunta várias vezes!
Tudo isso me faz pensar em quão valiosa é a liberdade! Liberdade em todos os âmbitos! Ser livre é algo de valor inestimável. Tanto que o próprio Cristo fez o que fez em favor da nossa liberdade.

Michael Scofield é um tipo de Cristo, aliás. Ele se desfaz de tudo que tem, de todo conforto, toda glória, todo sucesso e tudo que lhe é de direito para se meter no buraco onde está aquele que ama. Para descer ao mesmo nível daquele com quem se importa. E tudo para quê? Para livrar quem ama da morte e dar liberdade! Foi isso que Cristo fez por nós… desceu, foi preso e não considerou sua própria glória para nos tirar da prisão, para nos ver livres de nós mesmos, de nossas culpas e erros!

Mas sem amor nada disso importa! Não acredito em liberdade sem amor… se você não ama você não é livre! Se você não ama você não vai ser justo! Se você não ama tudo o que vai conseguir é fazer parte da grande conspiração contra o Homem: o pecado! E fugir não será um opção que durará… os fugitivos de Prison Break percebem isso. Fugir não é algo que pode durar! Ou você é livre ou mesmo não estando atrás de grades, ainda assim é um cara preso!


Até agora uma das melhores séries que já assisti! Recomendo!

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