segunda-feira, 17 de julho de 2017

CORAGEM: UMA PALAVRA QUE PERCORREU PELAS VEIAS DE PAULO PARA PROSSEGUIR!

CORAGEM: Deus sempre anima os seus escolhidos
Atos 23:11

No capítulo 21 de Atos, Paulo está de malas prontas para viajar a Jerusalém. Será a última vez que Paulo colocará os pés na cidade de Davi.

Embora um dos propósitos da sua viagem seja levar uma oferta colhida entre os crentes gentios para os crentes judeus, ele sabe que as curvas do futuro lhe reservam cadeias e tribulações.

Paulo não nutre esperanças falsas; sabe que será preso. Não caminha em direção dos holofotes, mas rumo à prisão e à morte. Paulo chega a pedir oração à igreja de Roma para não ser morto pelos rebeldes judeus nessa arriscada viagem à Jerusalém (Rm. 15:30,31).

No capítulo 21.1-6, Paulo zarpou de Mileto, porto nas proximidades de Éfeso, viajou até Cós, pequena ilha ao sul de Mileto; no dia seguinte, partiu para Rodes, ilha maior a sudeste, e, dali seguiu para Pátara, a leste de Rodes (At. 21.1). Prosseguiu viagem de Pátara para Fenícia, numa longa viagem de 650 km (At. 21.2), bordejando a ilha de Chipre e navegando direto para Tiro, onde o navio deveria ser descarregado.

Em Tiro, recebeu uma profecia, alertando-o a não ir à Jerusalém (At. 21.4).

Após uma semana entre os  crentes de Tiro, Paulo se despediu em clima de profunda emoção e cordialidade, prosseguindo sua viagem a Jerusalém (At. 21.5-6).

No capítulo 21.7-16, após Paulo deixar a cidade de Tiro rumo a Cesareia, Paulo chegou a Ptolomeia, onde saudou os irmãos, permanecendo com eles por um dia (At. 21.7)

Enquanto Paulo estava em Cesareia, Ágapo, conhecido profeta, desceu da Judeia e profetizou a prisão de Paulo em Jerusalém, acrescentando que os judeus o entregariam nas mãos dos gentios (At. 21.10-11).

Paulo rejeitou abertamente o pedido dos discípulos e seguiu resoluto para Jerusalém, mesmo sabendo que acabaria sendo preso.

Assim como os cristãos de Tiro, os cristãos de Cesareia imploraram a Paulo que não fosse a Jerusalém. Tanto a equipe que o acompanhava Paulo como os discípulos de Cesareia tentaram demover o apóstolo de ir a Jerusalém, mas este os calou e respondeu com firmeza: Que fazeis chorando e quebrantando-me o coração? Pois estou pronto não só para ser preso, mas até para morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus (At. 21.13).

Quando Paulo chega em Jerusalém, aconteceram 4 grandes fatores importantes em sua estada:

1)      Paulo teve uma acolhida acalorosa; Paulo foi acolhido pelos irmãos com alegria.
2)      Paulo encontrou-se com Tiago, o líder da igreja, ocasião em que os presbíteros se reuniram para ouvirem o apóstolo.
3)      Paulo relata minuciosamente os testemunhos que o Senhor fizera por seu intermédio.
4)      Tiago estava preocupado com Paulo. Havia boatos que Paulo ensinava os crentes judeus a apostatarem de Moisés, deixando de circuncidar seus filhos e de obedecer a Lei.

Era Festa de Pentecostes, e havia milhares de judeus em Jerusalém de todas as partes do mundo. Os judeus incrédulos vindos da Ásia, ao verem Paulo no templo, movidos pelo preconceito inflexível e pela violência fanática, numa atitude completamente diferente dos líderes da igreja de Jerusalém, alvoraçaram o povo e prenderam Paulo com violência.

Sobre a prisão de Paulo:
      a)      Os judeus foram grandes adversários de Paulo e os grandes opositores do evangelho. Essa é a principal tese de Lucas no Livro de Atos (4.1-5.42; 7.54-60; 8.1-4; 9.23-25; 21.27-36; 23.12-21). Foram os judeus que provocaram tumultos e agora mais uma vez alvoroçam a multidão. Nesse clima de motim, os judeus agarraram e prenderam Paulo.

      b)      Acusação falsa.
Os judeus espalharam boatos sobre Paulo.

      c)       Antes de investigar a veracidade das acusações e antes de oferecer ao acusado chance de defesa, os judeus deliberaram mata-lo.
A multidão gritava para o matar!

      d)      O comandante Cláudio Lísias foi informado do motim.
Os judeus cessaram de espancar Paulo quando o comandante mandou acorrenta-lo, para saber quem era o que o havia feito prisioneiro.

Por essa razão, o comandante mandou recolher Paulo à fortaleza para não ser despedaçado pela multidão que clamava por sua morte.

Ao ser levado para a fortaleza, Paulo pede permissão para falar à multidão amotinada. O comandante pensou que Paulo fosse o egípcio que havia aliciado quatro mil sicários e Paulo responde declarando ser um judeu natural de Tarso, importante província do Império. A multidão silencia, e Paulo dirige-se a seu povo em língua hebraica.

Em sua defesa para com a multidão, Paulo,

        A)     Conta sua história anterior à conversão;
        B)      Conta como foi a sua conversão;
        C)      Fala sobre o projeto de Deus em sua vida após a conversão;
        D)     Diz como lutou com Deus para aceitar o seu ministério.

Os judeus o ouviram até o momento em que ele testemunhou seu chamado para anunciar o evangelho aos gentios. A partir de então, passaram a gritar: Tira tal homem da terra, porque não convém que ele viva (At. 22.22).

O sinédrio é convocado, e Paulo se apresenta aos 71 membros do supremo tribunal dos judeus. O sinédrio era responsável por interpretar a lei judaica às questões de sua nação e levar a julgamento os que a transgridem.

Após o confronto entre Paulo e Ananias, e a acalorada discussão entre os fariseus e saduceus, o clima ficou extremamente tenso. Paulo estava numa espécie de beco sem saída. As esperanças eram mínimas. Nesse momento de angústia, o próprio Senhor Jesus apareceu a Paulo na prisão e lhe disse: ... Coragem! Pois de modo por que deste testemunho a meu respeito em Jerusalém, assim importa que também faças em Roma (At. 23.11).

A mensagem do Senhor a Paulo foi de encorajamento, aprovação e confirmação.

Destacamos 3 importantes pontos:

      1)      O DEUS QUE ACOMPANHA
Naquela noite fatídica, o próprio Deus se colocou ao lado de Paulo. Lucas registra assim: Na noite seguinte, o Senhor, pondo-se ao lado dele... Na hora mais escura, Deus se apresentou junto ao seu arauto. O maior encorajamento que Paulo recebeu para prosseguir foi a presença do próprio Jesus.

      2)      O DEUS QUE O ENCORAJA
Naquele momento de desânimo, Deus disse a Paulo: Coragem!... O encorajamento não vem dos homens, mas de Deus. Não brota da terra, mas do céu. Não emana das circunstâncias, mas da Palavra do Deus vivo.

      3)      O DEUS QUE O COMISSIONA
O destino de Paulo não estava nas mãos dos judeus ou dos romanos, mas estava nas mãos do Deus vivo. Nenhuma força da terra poderia colocar um ponto final no ministério de Paulo. Era vontade de Deus que Paulo fosse a Roma.

As situações nos desanimam, e nos levam a desistir pelo caminho, Paulo, aos olhos carnais teria todo o direito de ficar desanimado, pois:

a)      Teve que descer por um cesto, pela janela de uma muralha;
b)      É expulso em Antioquia;
c)       Em Listra, é perseguido e apedrejado, lançado para fora da cidade e dado como morto;
d)      Na Macedônia, é chicoteado e aprisionado;
e)      Em Tessalônica é obrigado a fugir;
f)       Em Éfeso, incitaram grandes tumultos contra ele;
g)      Sofreu um naufrágio em Mileto;
h)      Em Malta é picado por uma cobra.

Parece que a vida havia amaçado Paulo feito um rolo compressor.

Deus é fiel e não deixa nenhum dos seus perdidos e desamparados.

O simples fato de Deus dizer “Coragem”, foi o combustível necessário para Paulo não desistir da sua caminhada.

Deus sempre tem algo encorajador para os seus filhos. Esse algo está em sua Palavra.

É por meio da Palavra de Deus que os seus servos encontram forças para continuar sua jornada.

Se você estiver atento e não desviar a sua atenção para as circunstâncias, com certeza ouvirá palavras de ânimo e certeza de que não está só.


Bastou apenas uma única palavra para Paulo buscar forças de onde não tinha: CORAGEM!

quinta-feira, 13 de julho de 2017

O ESCÂNDALO DA GRAÇA

Por que Deus escolheria Jacó, o enganador, em vez do respeitoso Esaú? Porque conferir poderes sobrenaturais de força a um mozartino chamado Sansão? Por que preparar um pastorzinho nanico, Davi, para ser o rei de Israel? Na verdade, em cada uma dessas histórias do Antigo Testamento, os escândalo da graça ressoa sob a superfície até que, finalmente, nas parábolas de Jesus, ela explode em uma dramática sublevação para reformar a perspectiva moral.
A parábola de Jesus sobre os trabalhadores e o pagamento injusto que receberam mostra claramente esse escândalo. Em uma versão judaica contemporânea da história, os trabalhadores contratados à tarde trabalharam tanto que o empregador, impressionado, decide recompensá-los com o salário de um dia. Não foi assim na versão de Jesus, que salienta que o último grupo de trabalhadores esteve negligente sem atividade no mercado, coisa que apenas trabalhadores preguiçosos e incapazes poderiam estar fazendo durante a colheita. Além do mais, os folgados nada fizeram para destacar-se, e os outros trabalhadores ficaram escandalizados com o pagamento que receberam. Que empregador, em seu juízo perfeito, pagaria por uma hora de trabalho a mesma quantia que pagou por doze?

A história de Jesus não faz sentido do ponto de vista econômico, e essa foi a sua intenção. Ele estava oferecendo-nos uma parábola a respeito da graça, que não pode ser calculada como o salário de um dia. A graça não está relacionada com acabar primeiro ou depois; trata de não levar em conta. Recebemos a graça como um dom de Deus, e não por alguma coisa que nos tenhamos esforçado muito para ganhar.

Philip Yancey - Maravilhosa Graça