Nico McBrain, baterista do Iron Maiden: “Um dos maiores truques do Diabo é fazer você acreditar que ele não existe”
A
banda inglesa Iron Maiden, que estourou nos anos 80 com o estilo Heavy Metal de
fazer rock, desembarcou no Brasil para se apresentar pela turnê Somewhere Back
In Time. O grupo, precursor do estilo e considerado um dos melhores do gênero,
conta novamente com a sua formação original. A popularidade entre os roqueiros
se deu através de sua maneira única de soar em canções, letras e capas de
discos. O nome “Iron Maiden” é inspirado em um instrumento de tortura medieval,
o qual se acha representado no filme O Homem da Máscara de Ferro. Suas letras
exploram temas que vão do ocultismo a lendas, filmes, histórias de
assassinatos, o escuro e a simbologia do número 666. Além disso, as capas dos
álbuns são singulares, pois exibem sempre o mascote da banda, Ed, um morto
vivo, em cenas sugestivas aos temas de cada disco.
Diante
dessa atmosfera “pesada”, seria possível pensar em algum espaço para
manifestações cristãs? Olhos e ouvidos voltados para Deus? Sim! O baterista da
banda, Nico McBrain, é um exemplo de músicos de rock bem sucedidos, com
carreiras mundialmente consolidadas e que, ao longo de suas vidas, se
converteram ao cristianismo. Chocante? Inesperado? Talvez nem tanto. Ele
próprio afirma que quando alguém se torna cristão, não está livre do pecado,
mas deve buscar ao máximo uma vida longe deste mal.
A
pergunta mais comum feita ao baterista é: Como você pode tocar em um grupo que
apresenta uma canção chamada Number of the Beast (Número da Besta)? Nico afirma
que a canção é sobre uma história que se encontra no livro das Revelações. “Um
dos maiores truques do Diabo é fazer você acreditar que ele não existe”,
justifica o baterista.
Nico
McBrain é um exemplo incrível de conversão de músicos que, pela própria
natureza da profissão, lidam com uma série de fatores que muitas vezes os
afastam de uma vida ao lado de Deus. Shows, fãs, turnês exaustivas e o universo
das drogas e comportamentos promíscuos, muitas vezes associados ao estilo de
vida no rock.
Muito
conhecidos na história da música mundial e, especialmente do rock, são os casos
de músicos que acabam deixando a vida precocemente de forma conturbada e
perturbadora. O líder do grupo Nirvana, Kurt Cobain, no dia 5 de abril de 1994,
atirou na própria boca e deixou o mundo com uma filha ainda criança. Sua
carreira foi marcada por um sucesso meteórico, desgastes emocionais, depressão,
drogas e, em particular, o vício pela heroína.
Mais conversões no
rock - Felizmente,
ainda é possível citar outros casos de músicos do rock que, como Nico McBrain,
seguiram o caminho da salvação física e espiritual a partir do contato com os
valores cristãos.
Brian
Welch, ex-guitarrista do grupo Korn, é um outro bom exemplo de roqueiro
convertido. No final de 2008, ele lançou o seu primeiro disco solo, Save Me
From Myself. No álbum, o músico aborda questões particulares da sua vida como a
luta para deixar as drogas, os motivos que o levaram a sair da banda e seu
encontro com Deus.
No
Brasil, temos a surpreendente história do músico Rodolfo Abrantes, ex-vocalista
da banda de hard-core Raimundos. No auge de sua carreira, o roqueiro sentiu o
vazio em que vivia e se converteu. “Estava sozinho, morando em São Paulo, com
uma vida louca, trezentas namoradas por aí, drogas a valer, balada todos os
dias, fãs de montão, disco de platina, dinheiro na conta, agenda lotada de
shows, mas completamente infeliz”, relata o cantor.
Em
2006, já convertido, Rodolfo lançou seu primeiro disco voltado para Deus,
Santidade ao Senhor. Além disso, ministra cultos na igreja Bola de Neve Church
e viaja junto de sua mulher para pregar a Palavra. “Quer ter vitória? Anda no
caminho do Senhor, obedeça, leia a Bíblia e siga seus conselhos. Hoje não bebo,
não é porque não possa, é porque não quero. Quero ter comunhão com o Pai”,
aconselha o músico.
A exótica e mística
Baby do Brasil - ex-Baby Consuelo e ex-integrante do grupo Novos Baianos -
também impactou a muitos com sua conversão nos anos 90, recebendo, inclusive,
muitas críticas. A estas, a cantora responde em uma de suas músicas: “E não
importa o que vão pensar de mim. Eu quero é Deus. Eu quero é Deus.”