Não se
impressione com o imponente termo técnico: “cosmológico” vem da palavra grega cosmos e significa “mundo” ou
“Universo”. Ou seja, o argumento cosmológico é o argumento do início do
Universo. Se o Universo teve início, então teve uma causa. Na forma lógica, o
argumento apresenta-se da seguinte maneira:
1) Tudo o que teve
um começo teve uma causa.
2) O Universo teve
um começo
3) Portanto, o
Universo teve uma causa.
Para que esse
argumento seja verdadeiro, ele precisa ser logicamente válido, e suas premissas
precisam ser verdadeiras. Esse argumento é válido, mas será que suas premissas
são válidas? Vamos ver:
Premissa 1: tudo o que teve um começo teve uma causa – é a lei da
causalidade, que é o princípio fundamental da ciência. Sem a lei da
causalidade, é impossível haver ciência. De fato, Francis Bacon (o pai da
ciência moderna) disse: “O verdadeiro
conhecimento só é conhecimento pela causa”. Em outras palavras, a ciência
era uma busca pelas causas. É isso que os cientistas fazem: tentam descobrir o
que causou o quê.
Se existe alguma
coisa que temos observado em relação ao Universo é que as coisas não acontecem
sem uma causa. Quando um homem está dirigindo pela rua, outro veículo nunca
aparece na frente de seu carro do nada, sem um motorista ou sem causa. Sabemos
que guardas de trânsito ouvem essa história, mas isso não é verdade. Sempre
existe um motorista ou alguma outra causa por trás do aparecimento daquele
carro. Nem mesmo o grande cético David Hume poderia negar a lei da causalidade.
Ele escreveu: “Nunca fiz a tão absurda proposição de que alguma coisa possa
surgir do nada”.
De fato, negar a
lei da causalidade é negar a racionalidade. O próprio processo de pensamento
racional exige que reunamos nossos pensamentos (as causas) para que cheguemos
às conclusões (os feitos). Assim, se alguém lhe disser que não acredita na lei
da causalidade, simplesmente faça a seguinte pergunta a essa pessoa: “O que fez
você chegar a essa conclusão?”. Uma vez que a lei da causalidade está bem
estabelecida e é inegável, a Premissa 1 é
verdadeira.
Premissa 2: O Universo teve um começo? Se não teve, então não
havia necessidade de haver uma causa. Se teve, então o Universo deve ter tido
uma causa.
Até a época de
Einstein, os ateus podiam confortar-se com a crença de que o Universo era
eterno e, portanto, não precisava de uma causa. Mas, desde então, cinco linhas
de evidências científicas foram descobertas, as quais provam, sem dúvida, que o
Universo realmente teve um início. Aquele início foi algo que os cientistas
chamam de Big Bang (ou “grande
explosão”). A evidência desse Big Bang pode ser lembrada pelo mínimo SURGE.
No princípio surge o Universo
De tempos em
tempos, as principais revistas semanais – como a Veja, Isto é e Época –
Publicam uma reportagem de capa sobre a origem e o destino do Universo. “Quando
começou o Universo?” e “Quando acabará?” são duas perguntas examinadas nesses
artigos. O fato de o Universo ter tido começo e que terá um fim, não é nem
mesmo levantado no debate dessas reportagens. Por quê? Porque os cientistas
modernos sabem que começo e fim são exigências de uma das comprovadas leis de
toda a natureza: a segunda lei da
termodinâmica.
A segunda lei da termodinâmica.
A termodinâmica é
o estudo da matéria e da energia e, entre outras coisas, sua segunda lei afirma
que o Universo está ficando sem energia utilizável. A cada momento que passa, a
quantidade de energia utilizável está ficando menor, levando os cientistas à
óbvia conclusão de que, um dia, toda a energia terá se esgotado e o Universo
morrerá. Tal como um carro em movimento, um dia o Universo vai ficar sem
combustível.
Então você pode
dizer: “E daí? De que maneira isso prova que o Universo teve um começo?”. Bem,
vamos enxergar as coisas da seguinte maneira: a primeira lei da termodinâmica afirma que a quantidade de energia no
Universo é constante. Em outras palavras, o Universo possui apenas uma
quantidade finita de energia (algo muito semelhante ao fato de o seu carro ter
uma quantidade finita de combustível). Se o seu carro tem uma quantidade finita
de combustível (a primeira lei) e ele está consumindo combustível durante todo
o tempo em que está se movimentando (a segunda lei), seu carro estaria andando
se você tivesse ligado à ignição há um tempo definitivamente distante? Não, é
claro que não. Ele estaria sem energia agora se estivesse funcionando desde
toda a eternidade passada. Mas aqui estamos nós: as luzes ainda estão acesas, o
que significa dizer que o Universo deve ter começado em algum tempo no passado
finito, ou seja, o Universo não é eterno – teve um começo.
Você pode
ter ouvido a definição da primeira lei da termodinâmica da seguinte maneira: “A
energia não pode ser criada nem destruída”. Essa é uma asserção filosófica, não
uma observação empírica. Como podemos
saber que a energia não foi criada? Não havia observadores para verificar isso.
Uma definição mais precisa da primeira lei, atestada pela observação, é que “a
quantidade total de energia do Universo (energia utilizável e não utilizável)
permanece constante”. Desse modo conforme a energia utilizável é consumida, ela
é transformada em energia não utilizável, mas a soma das duas permanece a
mesma. O que muda é a proporção da utilizável em relação à não utilizável.
A segunda lei da
termodinâmica também é conhecida como a lei da entropia, que nada mais é senão
uma maneira simpática de dizer que a natureza tem a tendência de fazer as
coisas se desordenarem. Em outras palavras, com o tempo, as coisas naturalmente
se desfazem. Seu carro se acaba; a sua casa se acaba; seu corpo se acaba. Mas
se o Universo está ficando cada vez menos desordenado, então de onde veio a
ordem original? O astrônomo Robert Jastrow compara o Universo a um relógio
movido a corda. Se um relógio movido a corda está começando a atrasar, então
alguém precisa dar-lhe corda.
Esse aspecto da
segunda lei também nos diz que o Universo teve um começo. Uma vez que ainda
temos alguma ordem – assim como ainda temos alguma energia utilizável –, o
Universo não pode ser eterno, porque, se fosse, teríamos alcançado a completa
desordem (entropia) neste momento.
O Universo está em expansão
As boas teorias
científicas são aquelas capazes de predizer fenômenos que ainda não foram
observados. A teoria da relatividade predisse um Universo em expansão. Mas foi
somente na década depois de o legendário astrônomo Edwin Hubble ter olhado em
seu telescópio que os cientistas finalmente confirmaram que o Universo está em
expansão e que se expande de um único ponto. Este Universo em expansão é a
segunda linha de comparação científica que afirma que o Universo teve um
começo.
De que maneira
podemos provar, por sua expansão, que o Universo teve um começo? Pense na
seguinte maneira: se pudéssemos assistir a uma fita de vídeo a história do
Universo ao contrário, veríamos toda matéria no Universo retornando para um
único ponto. Esse ponto não teria o tamanho de uma bola de basquete, nem de uma
bola de pingue-pongue, nem mesmo da cabeça de uma agulha, mas matemática e
logicamente um ponto que é realmente nada. Em outras palavras, era uma vez um
nada e, então bang!, havia alguma
coisa – o Universo passou a existir por meio de uma explosão! É por essa razão
que conhecemos esse fenômeno de Big Bang
ou “grande explosão”.
É importante
compreender que o Universo não está se expandindo para um lugar vazio, mas o
próprio espaço está em expansão – não havia espaço antes do Big Bang. Também é importante
compreender que o Universo não surgiu de material existente, mas sim do nada –
não havia matéria antes do Big Bang.
De fato, cronologicamente, não havia “antes” no período anterior ao Big Bang¹. Tempo, espaço e matéria
passaram a existir no Big Bang.
¹ Palavras como “procede” e “antes” normalmente implicam tempo. Não
as estamos usando nesse sentido, pois não havia tempo “antes” do Big Bang, pois não é possível existir
tempo antes de o tempo ter começado. Então, o que poderia existir antes do
tempo? De maneira bem simples, a resposta é: o Eterno! Ou seja, a causa Eterna
que trouxe à existência o tempo, o espaço e a matéria: Deus
De acordo com a
comprovação cosmológica moderna, o Universo literalmente não tinha nada de onde
surgir. Naturalmente, não se pode imaginar como meros pontos matemáticos
pudessem verdadeiramente criar o Universo.
O que é nada?
Aristóteles tinha uma boa definição: ele disse que nada é aquilo que as rochas sonham!
Radiação do Big Bang
A terceira linha
de comprovação científica de que o Universo teve um início foi descoberta por
acidente em 1965. Foi naquele ano que Arno Penzias e Robert Wilson detectaram
uma estranha radiação antenada do Laboratório de Bell em Holmdel, Nova Jersey,
Estados Unidos. Aquela misteriosa radiação permanecia, não importava para onde
apontassem sua antena. Inicialmente acharam que poderia ser o resultado de
dejetos de pombos depositados na antena, muito comuns na costa de Nova Jersey,
de modo que limparam a antena, e retornaram os pombos. Mas, quando voltaram
para dentro, descobriram que a radiação ainda estava lá, e que vinha de todas
as direções.
Aquilo que Penzia
e Wilson tinham detectado transformou-se numa das mais incríveis descobertas do
século passado, uma que chegou a ganhar o Prêmio Nobel. Esses dois cientistas
do Laboratório Bell tinham descoberto o brilho avermelhado da explosão da bola
de fogo do Big Bang!
Tecnicamente
conhecida como radiação cósmica de fundo, esse brilho é realmente luz e calor emanados
da explosão inicial. A luz não é mais visível porque o seu comprimento de onda
foi esticado pela expansão do Universo para um tamanho pouco menor do que
aquele que é produzido por um forno de micro-ondas. Mas o calor ainda pode ser
detectado.
Voltando a 1948,
três cientistas predisseram que, se o Big
Bang realmente tivesse acontecido, essa radiação estaria em algum lugar.
Mas, por alguma razão, ninguém havia tentado detectá-la antes de Penzias e
Wilson terem tropeçado nela por acaso há cerca de 30 anos. Ao ser confirmada,
essa descoberta lançou por terra qualquer sugestão que o Universo esteja num
estado eterno de passividade. O Astrônomo agnóstico Robert Jastrow expõe a
questão da seguinte maneira:
Não se encontrou nenhuma outra explicação para a
radiação que não fosse o Big Bang. O argumento decisivo, capaz de convencer o
mais cético dos cientistas, é que a radiação descoberta por Penzias e Wilson
tem exatamente o padrão de comprimento de onda esperado para a luz e calor
produzidos numa grande explosão. Aqueles que apoiam a teoria de um estado
estático tentaram desesperadamente encontrar numa explicação alternativa, mas
fracassaram. Neste momento, a teoria do Big Bang não tem concorrentes.
God and Astronomers – P. 15-6
Com efeito, a
descoberta da radiação da bola de fogo queimou qualquer esperança de existência
do estado estático. Mas esse não foi o fim das descobertas. Mais evidências do
Big Bang surgiriam. De fato, se a cosmologia fosse um jogo de futebol
americano, aqueles que acreditam no Big Bang estariam sendo convidados a “pular
em cima” com essa próxima descoberta.
Sementes de grandes galáxias
Depois de
descobrirem o anunciado Universo em expansão e o brilho posterior de sua
radiação, os cientistas voltaram à atenção para outra previsão que confirmaria
o Big Bang. Se o Big Bang realmente aconteceu, os cientistas acreditavam que
deveríamos ver pequenas oscilações (ou ondulações) na temperatura da radiação
cósmica de fundo que Penzias e Wilson tinham descoberto. Essas ondulações de
temperatura permitiriam que a matéria se reunisse em galáxias por meio da
atração gravitacional. Se isso fosse descoberto, eles aceitariam a quarta linha
da comprovação científica de que o Universo teve um início.
Em 1989, foi
intensificada a busca por essas ondulações quando a NASA lançou um satélite de
200 milhões de dólares chamado COBE (Cosmic
Background Explorer ou “explorador cósmico”). Levando equipamentos
extremamente sensíveis, o COBE foi capaz de ver se essas oscilações realmente
existiam na radiação de fundo e quão precisas elas eram.
Quando George
Smoot, o líder do projeto, anunciou as descobertas do COBE em 1992, sua
chocante comparação foi citada em jornais do mundo inteiro. Ele disse: “Se você
é religioso, então é como olhar para Deus”. Michael Turner, astrofísico da
Universidade de Chicago, não foi menos enfático, afirmando que “a evidencia
dessa descoberta não pode ser desprezada. Eles encontraram o Santo Graal da
cosmologia”. Stephen Howking também
concordou, chamando as descobertas de “as mais importantes descobertas do
século, senão de todos os tempos”. O que fez o satélite COBE receber elogios
tão grandiosos?
O satélite não
apenas descobriu as oscilações, mas os cientistas ficaram maravilhados diante
de sua precisão. As oscilações mostravam que a explosão e a expansão do
Universo foram precisamente calculadas de modo que não apenas a fazer a matéria
se reunir em galáxias, mas também a ponto de não fazer o próprio Universo
desmoronar sobre si mesmo. Qualquer pequena variação para um lado ou para o
outro, e nenhum de nós estaria por aqui para contar a história. O fato é que as
oscilações são tão exatas que Smoot as chamou de “marcas mecânicas da criação
do Universo” e “impressões digitais do Criador”.
Mas essas
oscilações de temperatura não são apenas pontos em um gráfico de um simples
cientista. O COBE conseguiu tirar fotografias das oscilações com infravermelho.
É preciso ter em mente que as observações espaciais são, na verdade,
observações do passado, devido ao tempo que a luz leva para chegar até nós.
Desse modo, os retratos desse satélite são retratos do passado, ou seja, as
imagens em infravermelho tiradas pelo COBE apontam para a existência de matéria
do início do Universo que viria a se juntar com galáxias e conjuntos de
galáxias. Smoot chamou essa matéria de “sementes” das galáxias como elas
existem hoje (essas imagens podem ser vistas pela Internet no site do COBE, no
endereço http://lambda.gsfc.nasa.gov) Tais “sementes” são as maiores estruturas já
detectadas, e a maior estende-se por cerca de um terço do Universo conhecido.
Estamos falando de 10 bilhões de anos-luz ou de 95 bilhões de trilhões de
quilômetros (95 seguido de 21 zeros).
Agora você pode
entender por que tantos cientistas são tão eloquentes na descrição de sua
descoberta. Uma coisa predita pelo Big Bang foi novamente descoberta, e isso
foi tão grandioso e tão precioso que provocou um big bang entre os cientistas!
A teoria da relatividade de Einstein
Sua teoria da
relatividade é a quinta linha de comprovação científica de que o Universo teve
um início e sua descoberta foi o começo do fim da idéia de que o Universo é
eterno. A teoria em si, que foi comprovada até cinco casas decimais, exige um
início absoluto para tempo, espaço e matéria. Ela mostra que tempo, espaço e
matéria estão correlacionados, ou seja, são interdependentes – você nunca pode
ter um sem os outros.
Com base na
teoria da relatividade, os cientistas predisseram – e depois descobriram – a
expansão do Universo, a radiação posterior à explosão e as grandes sementes de
galáxias que foram precisamente criadas para permitir que o Universo se
formasse e que tivesse o estado atual.
Deus e os astrônomos
Portanto, o
Universo teve um início. O que isso significa para a pergunta relativa à
existência de Deus? O homem que hoje se assenta na cadeira de Edwing Hubble no
Observatório de monte Wilson tem poucas coisas a dizer sobre isso. Seu nome é
Robert Jastrow, astrônomo já citado anteriormente. Além trabalhar como diretor
do Observatório de monte Wilson, Jastrow é fundador do Instituto Goddard para
Estudos Espaciais, da NASA. É óbvio que suas credenciais como cientistas são
impecáveis. É por isso que seu livro Deus
e os Astrônomos causou tanto impacto entre aqueles que investigam as
implicações sobre o Big Bang, a saber: aqueles que fazem a pergunta: “O Big
Bang aponta para Deus?”.
Jastrow revela
que não que não há nenhum interesse pessoal em suas observações. Ele escreve:
“Quando um astrônomo escreve sobre Deus, seus colegas acham que ou ele está
ficando velho ou maluco. No meu caso, deve-se entender desde o início que sou
agnóstico em relação aos assuntos religiosos”.
À luz do
agnosticismo pessoa de Jastrow, suas citações teístas são ainda mais
motivadoras. Depois de explicar algumas das comprovações do Big Bang que
acabamos de revisar, Jastrow escreve:
Agora
veremos como a evidência astronômica leva a uma visão bíblica da origem do
mundo. Os detalhes divergem, mas os elementos essenciais presentes tantos nos
relatos astronômicos quanto na narração do Gênesis são os mesmos: a cadeia de
fatos que culminou com o homem começou repentinamente e num momento preciso do
tempo, num flash de energia.
Ibid., P.14
A comprovação de
peso do Big Bang e sua compatibilidade
com o relato bíblico do Gênesis levou Jastrow a fazer a seguinte observação
numa entrevista:
Os
astrônomos percebem agora que se colocaram numa encruzilhada, porque provaram
por seus próprios métodos, que o mundo começou abruptamente, num ato de criação
ao qual se pode rastrear as sementes de toda estrela, todo planeta, toda coisa
viva no cosmo e na terra. Eles descobriram que tudo isso aconteceu como um
produto de forças que não esperavam encontrar [...] isso que eu e qualquer
pessoa chamaríamos de força sobrenatural é, agora, penso eu, um fato
cientificamente comprovado.
Ao evocar o
sobrenatural, Jastrow faz eco à conclusão de Arthur Eddington, comtemporâneo de
Einstein. Como já mencionamos, embora achasse “repugnante”, Eddington admitiu
que “o início parece apresentar dificuldades insuperáveis, a não ser que
concordemos em olhar para ele como algo francamente sobrenatural”.
Por que Jastrow e
Eddington admitiriam que existem forças “sobrenaturais” em ação? Por que as
forças naturais não poderiam ter criado o inverso? Porque esses cientistas
sabem, assim como qualquer pessoa, que as forças naturais – na verdade, a
própria natureza – foram criadas no Big Bang. Em outras palavras, o Big Bang
foi o início do Universo físico. Tempo, espaço e matéria passaram a existir
naquele momento. Não havia mundo natural ou leis naturais antes do Big Bang.
Uma vez que uma causa não pode vir depois de seu efeito, as forças naturais não
foram responsáveis pelo Big Bang. Portanto, deve haver alguma coisa acima da natureza para realizar o
trabalho. É exatamente isso que significa sobrenatural.
Os descobridores
da radiação pós-explosão, Robert Wilson e Arno Penzias, também não eram
defensores da Bíblia. Ambos acreditavam inicialmente na teoria do estado
estático. Mas, divido às fortes evidências, mudaram sua visão e reconheceram os
fatos que são compatíveis com a Bíblia. Penzias admite: “A teoria do estado
estático mostrou-se tão fraca que foi abandonada. A maneira mais fácil de
encaixar as observações com os parâmetros recentes é admitir que o Universo
tenha sido criado do nada, num instante, e que continua a se expandir”.
Wilson, que certa
vez assistiu a uma aula de Fred Hoyle (o homem que popularizou a teoria do
estado estático em 1948), disse: “Em termos filosóficos, eu gosto do estado
estático. Mas ficou claro que eu precisava abandoná-lo”.
Quando o escritor
e cientista Fred Heeren perguntou-lhe se a evidência do Big Bang é indicativa
de um Criador, Wilson respondeu: “Certamente houve alguma coisa que fez tudo
funcionar. Se você é religioso, é certo que não posso pensar numa teoria melhor
da origem do Universo do que aquela relatada no Gênesis”.
George Smoot
concordou com a avaliação de Wilson. Ele disse: “Não há dúvida de que existe um
paralelo entre o Big Bang como um fato e a posição cristã da criação com base
no nada”.
Fotos COBE: