terça-feira, 30 de abril de 2013

Série Estudos sobre Religiões: Adventista do Sétimo Dia


Adventismo do sétimo dia, sabatismo, Ellen G. White, sono após a morte, aniquilamento dos ímpios, expiação pelo bode expiatório emissário, Cristo já voltou em 1844 entrou no santuário e completa a expiação, as portas fecharam-se para os não sabatistas, não segurança da salvação, salvação pela lei e obras, guarda do sábado sabbath, domingo, carnes carne de porco e outros alimentos, vegetarianismo

Introdução:

Não podemos pensar na origem dos "sabatistas" sem recordar os conflitos entre o apóstolo Paulo e os judaizantes. A luta entre o legalismo e o evangelho da graça de Deus é muito antiga. Continua em tempos modernos no vigoroso programa dos adventistas do Sétimo Dia. O sabatismo não é uma seita como, muita gente pensa: "uma denominação igual às outras, com a única diferença de guardar o Sábado". É uma seita perigosa que mistura muitas verdades bíblicas com erros tremendos no que se refere as doutrinas cristãs ou interpretações de profecias.




Origem do Adventismo:

Duas das Igrejas que estaremos estudando neste trimestre podem traçar sua origem nos ensinos de Guilherme Miller, embora não tivesse fundado nenhuma delas. São as Testemunhas de Jeová e os Adventistas do Sétimo dia.
a) Síntese Histórica:

No princípio do século dezenove houve um despertamento de interesse pela Segunda vinda de Cristo entre os cristãos. Guilherme Miller, pastor batista no Estado de Nova Iorque, dedicou-se ao estudo detalhado das escrituras proféticas. Convenceu-se de que Daniel 8.14 se referia à vinda de Cristo para "purificar o santuário". Calculando que cada um dos 2.300 dias representava um ano, tomou como ponto de partida a carta de regresso de Esdras e seus compatriotas a Jerusalém e 457 a.C., e chegou à conclusão de que Cristo voltaria à terra em 1843, Isto foi em 1818.
b) O fracasso de Miller:

Por um quarto de século, Miller proclamou a mensagem para classes especiais a cristãos de diferentes Igrejas. O interesse dos crentes em relação à mensagem era crescente e o número deles ia de cinqüenta a cem mil pessoas preparando-se para o fim do mundo. Muito crentes doaram suas lavouras, e se prepararam para receber o Senhor no dia 21 de março de l843. Chegou o dia e o evento esperado não aconteceu.. Miller revisou os seus cálculos, descobriu um erro de um ano. Devia ser no dia 21 de março de l844. Ao chegar essa data, nada aconteceu. Uma vez mais um novo cálculo indicou que seria o dia 22 de outubro de mesmo ano. Porém essa previsão também falou.



c) O Arrependimento de Miller:

Guilherme Miller, dando toda a prova de sua sinceridade e honradez, confessou simplesmente que se havia equivocado em seu sistema de interpretação bíblica. É preciso certa grandeza de alma, ou graça do Senhor para reconhecer abertamente seu próprio erro. Miller a teve e não mais tratou de defender a interpretação que havia proclamado por um quarto de século. Porém nem todos os seus discípulos estavam dispostos a abandonar a sua mensagem. Dos muitos que o haviam seguido, três se uniram para formar uma nova Igreja, baseada numa nova interpretação da mensagem professada por Miller.
O desenvolvimento da seita

O dia depois "da grande desilusão", Hiram Edson um fervoroso discípulo e amigo pessoal de Miller, teve uma "revelação". Nela compreendeu que Miller não estava equivocado em relação a data, mas sim em relação ao local. Disse que Cristo havia entrado no dia anterior no santuário celestial, não no terreno, para fazer uma obra de purificação ali. Edson partilhou com outros membros de seu grupo as "boas-novas". Outros dois grupos se uniram a essa nova revelação: um dirigido por Joseph Bates que dava ênfase a guarda do Sábado e outro dirigido por Hellen G. White, que dava ênfase aos dons do Espírito.
a) As revelações de Helen White:

As revelações de Helen White tiveram muito que com a formação das doutrinas dos adventistas, e seus escritos prolíficos contribuíram grandemente para a expansão da Igreja. Ela e seu esposo disseminaram amplamente seus ensinos proféticos e doutrinários por meio de revistas e livros. Embora a Igreja adventista afirme que a Bíblia é sua autoridade doutrinária, ainda crê que Deus inspirou Helen White em sua interpretação das Escrituras e em seus conselhos, conforme se encontram em seus livros.


b) Obras da Sra White:

Como já dissemos, os livros da Sra. White são considerados "inspirados" por Deus e no mesmo nível da Bíblia, que citam apenas para comprovar o que ensinam, buscando versículos ou passagens isoladas. O livro "o grande conflito" é considerado a obra prima da Sra. White e recomendam-no largamente. Tal livro já foi editado em mais de 30 línguas com uma vendagem superior a dois milhões de exemplares. Entre outras obras, as mais importantes são: Vida de Jesus, Patriarcas e Profetas, Veredas de Cristo, O desejado de Todas as Nações.
c) Os nomes da Seita:

Os adventistas do sétimo dia já usaram através dos tempos os seguintes títulos: Igreja Cristã Adventista (1855); Adventistas do Sétimo dia (1860); União da Vida e Advento (1864);Igreja de Deus Adventista (1866); Igrejas de Deus Jesus Cristo Adventistas (1921); Igreja Adventista Reformada; Igreja Adventista da Promessa; Igreja Adventista do sétimo dia ( Atual). Existem outros grupos como Igreja Adventista da Promessa, Igreja Adventista do pacto, etc, porém o mais importante é a Igreja Adventista do Sétimo dia, conhecida como Sabatista ou Sabatismo.
As Doutrinas do Adventismo

Os sabatistas misturam algumas verdades com seus abundantes erros, daí poder enganar aos que com sinceridade se lançam em busca da verdade. Normalmente, citam a Bíblia, porém sem o cuidado de examinar o contexto. Embora muitas de suas doutrinas sejam ortodoxas, existem outras que desviam o crente do caminho real. Convém que os membros das Igrejas evangélicas conheçam essas doutrinas e saibam como refutá-las, tendo em vista que eles também se dedicam ao proselitismo entre as Igrejas Evangélicas. Veja Mt 23.15
a) A expiação incompleta:

Os adventistas ensinam que Jesus entrou no santuário celestial no ano de 1844, e agora está cumprindo a obra de expiação. Esta doutrina a expiação incompleta e contínua é uma tergiversação das Escrituras num esforço para justificar as previsões errôneas de Miller. Não duvidamos da sinceridade dos que creram haver achado uma solução para o problema nessa "revelação" de Edson, porém ela não concorda com as Escrituras. A Bíblia ensina que Jesus penetrou no santuário celestial ao ascender ao céu e não no ano de l844. (Hb 6.19,20;8.1,2; 9.11,12, 23-26; 10.1-14).
b) Nossos pecados lançados sobre Satanás?

Os adventistas ensinam que o bode emissário (ou bode para azazel) de Levíticos 16.22,26 simboliza Satanás. Todas as nossas iniqüidades serão carregadas pelo diabo. Segundo eles durante o milênio, Satanás, levará sobre si a culpa dos pecados que fez o povo de Deus cometer, e será confinado e esta terra desolada e sem habitantes. Parece fantástico que alguém que se diz evangélico aceite doutrina tão contrária ao evangelho. Será que não se dão conta das implicações de tal ensino? Isto faria o diabo nosso co-salvador com Cristo, a expiação de nossos pecados seria realizada em parte por Cristo e em parte por Satanás. O simbolismo real desta passagem mostra Cristo levando sobre si os nossos pecados. Veja Jo 1.29; Is 53.6; Hb 10.18; J0 19.30; 2 Co 5.21; Rm 8.32.
c) O Sono da Alma:

Os adventistas ensinam que as almas dos justos dormem até a ressurreição e o juízo final. Este "sono da alma" é um estado de silêncio, inatividade e inteira inconsciência" . Baseiam esta crença principalmente em Eclesiastes 9.5, que diz: "Os mortos não sabem coisa nenhuma". O contexto demonstra que o autor deste versículo está falando sobre a relação dos mortos com a vida terrena e não sobre o estado da alma depois da morte. Leia os versículos 4 a 10 desse capítulo. Provas bíblicas da consciência da alma depois da morte acham-se nas palavras de Paulo quando diz que ao deixar o corpo estaria com o Senhor, cf. Fp 1.23,24 2 Co 5.1-8). Veja também Lc16.19-31; Lc 23.43. No monte da transfiguração, Moisés não estava "silencioso, inativo e totalmente inconsciente" enquanto falava com Cristo, cf. Mt 17.1-6. Veja ainda Ap 6.9-11. Etc.
Outras crenças errôneas

Normalmente, as crenças de uma seita ou religião baseiam-se em motivos muito fortes relacionados a experiências de seus fundadores, ou livros escritos e interpretados por eles. Nesse caso, os escritos dos fundadores tornam-se regra de fé e prática. No adventismo, como em outras seitas, temos verificado que os escritos de seus fundadores continuam sendo seus sustentáculos doutrinários, independentes da Bíblia.
a) A aniquilação de Satanás e dos maus:

 Os adventistas ensinam que Satanás seus demônios, e todos os maus serão aniquilados, completamente destruídos. A Senhora White diz que a teoria do castigo eterno é "uma das doutrinas falsas que constituem o vinho das abominações da Babilônia". Jesus Cristo usou a mesma palavra para referir-se à duração das bênçãos dos salvos e os tormentos dos perdidos em Mt 25.46: Eterno. Além disso, ele não disse aniquilação eterna, mas castigo eterno. Veja Também Mc 9.43,44. Em Ap 14.10,11, vemos que os adoradores do Anticristo serão atormentados "e o fumo de seu tormento sobe pelos séculos dos séculos". Isto não parece com aniquilação. Confira ainda: Ap 19.20; 20.2,7,10,15 etc.
b) A observância obrigatória do Sábado:

Os adventistas ensinam que os cristãos devem observar o Sábado como o dia de repouso, e não o Domingo. Crêem que os que guardam o Domingo aceitarão a "marca da besta". A senhora White ensina que a observância do Sábado é o selo de Deus. O selo do Anticristo será o oposto a isto, ou seja, a observância do Domingo. Vemos, pois, que o Sábado é uma parte do pacto especial feito entre Deus e Israel (Ez 20.10-13). O próprio Moisés explicou que era uma memorial de sua libertação da terra do Egito. Ao repousar de seu trabalho semanal, deviam recordar como Deus lhes havia dado o repouso da dura servidão do Egito ( Dt 5.12-15).
c) O Sábado foi abolido: 

A palavra profética previa a chegada do Novo Concerto (Jr 31.31-33) e o fim do Sábado (Os 2.11), que se cumpriu em Jesus(Cl 2.14-17). Por essa razão, o Sábado não aparece nos quatro preceitos de Atos 15.20,29. O texto de Colossenses 2.16,17 deita por terra todas as teses dos adventistas. Paulo parece que está escrevendo aos adventistas quando escreve aos Gálatas e trata de livrá-los dos enganos dos judaizantes que queriam fazê-los guardar a lei. O livro inteiro ressalta que a salvação não é pelas obras da lei, mas pela fé em Cristo. Faz menção da observância de certos dias como uma parte da escravidão da lei (Gl 4.3-11)./ Cristo é o fim da lei ( Rm 6.14; 10.4).
Conclusão:

O discutir com os adventistas não dá nenhum bom resultado. Estão bastante preparados para discutir e convidam a discussão. Recorde-se que as discussões somente fazem que a pessoa resolva defender melhor a sua própria doutrina. É quase certo que o adventista citará Ap 14.12 e 1 Jo 2.4, para provar que devemos guardar o Sábado. Para isto devemos mostrar-lhes quais são os andamentos de Deus no Novo Testamento. Que ele mesmo leia 1 Jo 3.23; Jo 6.29; Rm 4.5; Gl 2.16; Jo 13.34,35; 5.10 e Rm 13.8-10; Ap 22.14. Procure fortalecer sua fé na obra perfeita de Cristo e guiá-los a um repouso perfeito nele, fazendo-os ver que agora a pessoa pode ter a certeza da salvação.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Série Estudos sobre Religiões: Os Mormons

HISTÓRIA

Em 23 de dezembro de 1805, na cidade de Sharon, Vermont, Joseph e Lucy Smith ganharam o quarto filho, a quem chamaram de Joseph Smith Jr., o qual não teve uma infância agradável devido as necessidades econômicas pela qual a família vinha passando.
Durante sua infância e adolescência, Joseph foi exposto a várias seitas dentro da religião cristã. Naquela época, o REAVIVALISMO era o movimento prevalecente, principalmente no Condado de Ontário (atual Wayne), no Estado de Nova York. O jovem Joseph teve contato com o Metodismo e mais tarde relatou que se sentiu atraído por ele. Quando, porém, tinha quinze anos de idade, sua família, ou seja, sua mãe Lucy e seus dois irmãos Hyrum e Samuel e sua irmã Sophronia converteram-se ao PRESBITERIANISMO. Joseph dedicou-se a uma profunda reflexão sobre a religião. Entretanto, a existência de diversas religiões sectárias deixavam-no confuso. Uma pergunta que incessantemente atormentava sua mente era: “Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e não censura , e ser-lhe-á dada” (Tg1:5). Mais tarde ele escreveu:

“Refleti repetidas vezes sobre ela, sabendo que, se qualquer pessoa necessitava de sabedoria de Deus, essa pessoa era eu; porque não sabia o que fazer, e a menos que obtivesse mais sabedoria do que a que então eu tinha, jamais chegaria a saber; pois os mestres de religião das diferentes seitas interpretavam as mesmas passagens da escritura diferentemente, a ponto de destruir toda a confiança na solução do problema pela consulta à Bíblia” (SMITH, Joseph. Pérola de Grande Valor. A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, 1950. p47).


As experiências místicas de Joseph Smith


Em 1820, retirou-se para um bosque, a fim de ficar a sós, e começou a orar. Vejamos o que ele relatou em A PÉROLA DE GRANDE VALOR, sobre o que lhe aconteceu naquele dia fatídico:
“Depois de haver-me retirado para o lugar que havia escolhido previamente, tendo olhado em meu redor, e encontrando-me só, ajoelhei-me e comecei a 
oferecer o desejo de meu coração a Deus. Apenas fizera isto, quando fui subitamente subjugado por uma força que me dominou inteiramente, e seu poder sobre mim era tão assombroso que me travou a língua de modo que não pude falar. Intensa escuridão envolveu-me e pareceu-me por algum tempo que estivesse destinado a uma destruição repentina. Mas, empregando todas as minhas forças para pedir a Deus para livra-me do poder desse inimigo que me tinha subjugado, e no momento exato em que estava prestes a cair em desespero, abandonando-me à destruição – não a uma ruína imaginária, mas ao poder de algum ser real do mundo invisível, que tinha tão assombroso poder como jamais havia sentido em nenhum ser – justamente neste momento de grande alarma, vi uma coluna de luz acima de minha cabeça, de um brilho superior ao do sol, que gradualmente descia até cair sobre mim. Logo após esse aparecimento, senti-me livre do inimigo que me havia sujeitado. Quando a luz repousou sobre mim, vi dois Personagens, com resplendor e glória desafiam qualquer descrição, em pé, acima de mim, no ar. Um Deles falou-me, chamando-me pelo nome, e disse, apontando para o outro: “Este é o Meu Filho Amado. Ouve-O”. Meu objetivo ao me dirigir ao Senhor foi saber qual de todas as seitas era a verdadeira, a fim de saber a qual unir-me. Portanto, tão logo voltei a mim o suficiente para poder falar, perguntei aos Personagens que estavam na luz acima de mim, qual de todas as seitas era a verdadeira e a qual deveria unir-me. Foi-me respondido que não me unisse a nenhuma delas, porque todas estavam erradas; e o Personagem que Se dirigiu a mim disse que todos os seus credos eram uma abominação à Sua vista; que todos aqueles mestres eram corruptos, que: “Eles se chegam a Mim com os lábios, porém, seus corações estão longe de mim; eles ensinam como doutrina os mandamentos dos homens, tendo uma religiosidade aparente, mas negam o Meu poder”. Novamente proibiu que me unisse a qualquer delas; e muitas outras coisas me disse que não posso, no momento, escrever. Quando voltei a mim outra vez, estava deitado de costas olhando para o céu” (SMITH, Joseph. História. 2:6).

Este relato geralmente é referido pelos mórmons como a PRIMEIRA VISÃO de Smith. Entretanto surgiram dois problemas com este testemunho. Primeiro, ele só escreveu sobre este acontecimento muitos anos depois. Na edição mais antiga do livro A PÉROLA DE GRANDE VALOR, Smith disse que uma das personagens chamava-se NÉFI. Numa outra disse que se chamava Marôni. Segundo, na primeira edição do livro, Smith mencionou que fora visitado por “uma personagem”. As edições posteriores falam de “duas personagens”, o que constitui uma discrepância, principalmente porque a verdade da revelação mórmon baseia-se na autoridade profética de seus livros.
Após receber aquela visão, Joseph relatou a experiência a um pastor metodista. Ele escreveu que este teve uma reação desdenhosa, ao dizer-lhe que as visões e vozes eram do DIABO. Smith também percebeu que, embora as seitas fossem divididas umas contra as outras, “todas se uniram para me perseguir”. Apesar das perseguições ele permaneceu firme nas suas convicções.

· No dia 21 de setembro de 1823, antes de se deitar, Smith começou a orar. Enquanto invocava a Deus, afirmou que uma luz brilhante encheu seu quarto e uma figura resplandecente apareceu ao seu lado. A personagem disse-lhe ser Morôni, um mensageiro enviado por Deus para entregar-lhe uma visão que era um livro escrito em placas de ouro. Nela encontrava a história dos primeiros habitantes da América.

· Finalmente chegou o dia. Em 22 de setembro de 1827, as placas de ouro foram dadas a Joseph Smith juntamente com a recomendação de guardá-las com cuidado. Tais placas até hoje, ninguém nunca viu.


Os mórmons não ensinam que a Bíblia é a Palavra de Deus totalmente infalível

“Cremos ser a Bíblia a palavra de Deus o quanto seja correta a sua tradução; cremos também ser o LIVRO DE MÓRMON a palavra de Deus.” (Declaração de fé, artigo 8. 1954).

O cristianismo crê que as Escrituras é a Palavra de Deus inspirada por Deus (Teopeneumatos) autoridade final para nossa fé e vida, sem erros, infalível. Afirmações bíblicas: “Deus no-las revelou pelo Espírito...as quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo nos ensina” (1Co.2:10-13); “Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei” (1Co.11:23); “Se alguém se considera profeta ou espiritual, reconheça ser mandamento do Senhor o que vos escrevo. E, se alguém o ignorar, será ignorado” (1Co.14:37-38); “Porque eu não o recebi, nem o aprendi de homem algum, mas mediante a revelação de Jesus Cristo” (Gl.1:2); “porque estais inteirados de quantas instruções vos demos da parte do Senhor Jesus. Dessarte, quem rejeita estas coisas não rejeita o homem, e sim a Deus, que também vos dá o seu Espírito Santo” (1Tss.4:2, 8); “Toda a Escritura é inspira por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça” (2Tm.3:16).

Deus falou antigamente pelos Seus profetas, os quais produziram o A.T., o mesmo Deus depois falou através do Seus Filho Jesus Cristo, depois pelos Apóstolos (inspirados pelo Espírito Santo), inclusive, ouviram até a vós de Deus:

“Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo. Ora, esta voz, vinda do céu nós a ouvimos quando estávamos com ele no monte santo. Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração, sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação” (2Pe.1: 17B, 18, 19, 20), como acontece com o mormonismo!


Os mórmons ensinam que o Pai e o Filho possuem corpos

“O próprio Deus já foi como somos agora – ele é um homem exaltado, entronizado em céus distantes! (...) o próprio Deus, o Pai de todos nós, habitou sobre uma terra” (O Sermão de King Follet, ps. 336, 376).

“Deus é Espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito em verdade” (Jo.4;24). Toda essa confusão é porque eles não entendem a doutrina da trindade, na verdade, não é de se ignorar, pois a doutrina da Trindade é um mistério, porém, um mistério revelado pelo Espírito Santo de Deus. Quem não é agraciado com essa revelação, mão nasceu da água e do Espírito (Jo.3:5).
Vemos que os mórmons não conheciam a Bíblia, a fonte de autoridade para eles são os livros escritos por Joseph Smith, como por exemplo: PÉROLA DE GRANDE VALOR o qual contém as Regras de Fé e DOUTRINA E CONVÊNIOS publicado em 1876. Por isso não há o conhecimento de Deus conforme a revelação bíblica. Para os mórmons, segundo a pregação de Smith, em 1844, com o título “A Divindade Cristã – Divindades Plurais” , no qual disse:

“Pregarei sobre a Pluralidade dos Deuses... Eu sempre declarei que Deus é um personagem distinto, que Jesus Cristo é um personagem separado e distinto de Deus, o Pai, e que o Espírito Santo é outro personagem distinto, e é Espírito... Muitos homens dizendo que há um Deus : o Pai, o Filho e o Espírito Santo são apenas um Deus. Que Deus estranho - digo eu – três em um, e um em três!” (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith (Sermão do Profeta sobre a Trindade Cristã e a Pluralidade dos Deuses, pregado no dia 16 de junho de 1844), publicado pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, São Paulo, 1975, ps.361, 362 e 364).

Smith continua e explica que, quando a Bíblia fala de um Deus, é um Deus “no que concerne a nós”. Entretanto, isso não quer dizer que não haja uma pluralidade de deuses por todo o Universo. Além disso, o mormonismo ensina que cada deus é gerado por outro, em sucessão. O Deus Pai é um deus superior, por causa de sua linha de progressão particular neste processo. Segundo alguns apologistas talvez o ensino mais divergente do cristianismo seja a crença dos mórmons de que Deus e a pluralidade de deuses eram homens antes de se tornarem deuses.

Os mórmons ensinam que Cristo e o Diabo são irmãos

“... que Lúcifer, o filho da alva, é nosso irmão mais velho e o irmão de Jesus Cristo” (Doutrina Mórmons por Bruce Mconkie, ps. 163 – 164).

A Bíblia diz que o diabo é um ser criado por Deus. “Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti”, (Ez.28:15). “Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e par ele” (Cl.1:16).


Os mórmons ensinam que Jesus Cristo era casado e polígamo

“Cremos que o casamento em Cana da Galiléia foi o de Jesus Cristo”(Jornal de Discurso, vol.2, p.80). O Mormonismo ensina que Jesus foi o filho natural de Adão e Maria. “Quando a Virgem Maria concebeu o Menino Jesus... Ele não foi gerado pelo Espírito Santo. E quem é o seu pai? Ele é o primeiro na família humana” (Brigham Young, Jornal de Discurso, ps. 50 – 51).

Diz a Bíblia: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós.. .” (Jo.1:1, 14a); “E disse Maria ao anjo: Como se fará isto, visto que não conheço homem algum? E, respondeu o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo...” (Lc.1:34-35).

Os mórmons ensinam o “casamento celestial”

“Para que um homem e uma mulher recebam a plenitude das bênçãos no REINO CELESTIAL, devem se casar num templo mórmon. A falha em fazer isso resulta na dissolução do casamento com a morte, uma vida de solteiro na eternidade e numa condição inferior de anjo e não de um deus” (Doutrina e Convênios, ps. 132:15, 16).
Para os cristãos, o casamento é uma parte importante da criação (Gm;2:23, 24; Hb.13:14). Entretanto, não é um foco prioritário ou uma obrigação que se deva cumprir para a ordem da salvação. Jesus Cristo tornou-se o centro da fé: “Porque decidi nada saber entre vós, se não a Jesus Cristo e este crucificado” (1Co. 2:2). O casamento é uma bênção de Deus nesta vida, mas não na futura. Para uma vida imortal não há a necessidade de casamento e procriação “seremos como os anjos” (cf. Mt.22:29, 30).

Os mórmons ensinam que a igreja estava em um estado de grande corrupção, antes de 1830

Joseph Smith acreditava ter sido separado por Morôni, para restaurar a pureza e a verdade, através de uma extensa série de novas revelações, incorporadas na literatura sagrada do Mormonismo. Conseqüentemente, a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias é a verdadeira representante de Deus na terra.
O Cristianismo não faz uma afirmação tão audaciosa. A verdadeira Igreja de Deus não está incorporada a uma organização ou denominação especifica. A autêntica Igreja (católica) consiste da “comunhão dos santos” (Credos Apostólico e Niceno), dos que “nasceram de novo”, através do Batismo e que possuem fé em Jesus Cristo. Estes estão espalhados por todas as diferentes denominações cristãs do mundo. “A Igreja de Deus é constituída por todas as pessoas espiritualmente regeneradas, cujos nomes estão escritos no Céu”. (Manual da Igreja do Nazareno. 2001 –2005. p.35).


CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias é extremamente ativa e crescente em todo mundo. Os fatores que mais contribuem para isso incluem o apelo amplamente difundido para a moralidade, altas taxas de natalidade e uma ênfase ao retorno dos valores familiares e os comerciais contra as drogas. Por isso é considerada a seita que mais cresce nos E.U.A., outro fator é a falta de informações dos que se agregam a ela. Esta seita apresenta-se com uma fachada de cristã, de verdadeira igreja, todavia, esta pseudo-igreja não prega as verdades bíblicas que conduz a vida eterna.



BIBLIOGRAFIA

BÍBLIA DE ESTUDO DE GENEBRA. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã
e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. 1728p.
MATHER, George A. e NICHOLS, Larry. Dicionário de Religiões, Crenças
e Ocultismo. São Paulo, Vida, 576p.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Septuaginta: Origem e Importância


INTRODUÇÃO À VERSÃO DA SEPTUAGINTA

A Septuaginta foi a primeira tradução do Antigo Testamento hebraico, feita em grego popular antes da Era
Cristã.

1. Importância Histórica da Septuaginta

A importância da versão da Septuaginta é representada pelas seguintes considerações:

A Septuaginta é a mais antiga tradução do Antigo Testamento e, consequentemente, de valor incalculável para os críticos compreenderem e corrigirem o texto hebraico (Massorético), que é posterior - aquele que chegou até nós - pois foi estabelecido pelos massoretas no séc. VI d.C.. Muitas corrupções textuais, adições, omissões ou transposições foram incorporadas ao texto hebraico entre os séculos III-II a.C. e VII d.C.; assim, os manuscritos da Septuaginta colocados à disposição dos críticos podem ser bem melhor compreendidos em alguns pontos que os manuscritos massoréticos.

A versão da Septuaginta - primeiramente aceita pelos judeus de Alexandria e, mais tarde, por todas as nações de língua grega - auxiliou na expansão, entre os gentios, da idéia e expectativa do Messias, e introduziu a terminologia teológica no grego, tornando-a o melhor instrumento para a propagação do Evangelho de Cristo.

Os judeus a usaram muito antes da Era Cristã e, no tempo de Cristo, foi reconhecida como texto legítimo, tendo sido inclusive empregada na Palestina pelos rabinos. Os apóstolos e evangelistas a usaram também e fizeram citações do Antigo Testamento a partir dela, especialmente no que diz respeito às profecias. Os padres e outros escritores eclesiásticos da Igreja primitiva citavam-na diretamente - no caso dos padres gregos - ou indiretamente - no caso dos padres e escritores latinos e outros que empregavam as versões latinas, siríacas, etíopes, árabes e góticas. Seguramente, era tida em grande estima por todos, chegando alguns a acreditar de que era inspirada. Consequentemente, o conhecimento da Septuaginta auxilia na perfeita compreensão dessas literaturas (da Igreja primitiva).

Atualmente, a Septuaginta é o texto oficial da Igreja grega e as antigas versões latinas usadas pela Igreja ocidental também foram feitas a partir dela; a mais antiga tradução adotada pela Igreja latina - a Vetus Ítala - foi preparada diretamente sobre a Septuaginta: as idéias adotadas nela, os nomes e palavras gregas empregadas (tais como: Gênese, Êxodo, Levítico, Números [Arithmoi], Deuteronômio) e, finalmente, a pronúncia dada ao texto hebraico, passaram freqüentemente para a Ítala e, a partir desta, às vezes, para a Vulgata, que não raramente, apresenta sinais da influência da Vetus Ítala (principalmente nos Salmos: a tradução da Vulgata é meramente o texto da Vetus Ítala corrigido por São Jerônimo conforme o texto da Septuaginta encontrado na Hexápla de Orígenes).

2. Origem da Septuaginta

Segundo a Tradição

A versão da Septuaginta é primeiramente mencionada na Carta de Aristéias a seu irmão Filócrates. Aqui está, substanciamente, o que lemos sobre a origem de tal versão: Ptolomeu II Filadélfo, rei do Egito (287-247 a.C.) tinha estabelecido recentemente uma valiosa biblioteca em Alexandria. Ele foi persuadido por Demétrio de Fálaro - responsável pela biblioteca - a enriquecê-la com uma cópia dos livros sagrados dos judeus. Para conquistar as boas graças deste povo, Ptolomeu, por conselho de Aristéias - oficial da guarda real, egípcio de nascimento e pagão por religião - emancipou 100 mil escravos de diversas regiões de seu reino. Ele, então, enviou representantes - entre os quais Aristéias - a Jerusalém e pediu a Eliazar - o sumo-sacerdote dos judeus - para que fornecesse uma cópia da Lei e judeus capazes de traduzi-la para o grego. A embaixada obteve sucesso: uma cópia da Lei ricamente ornamentada foi enviada para o Egito, acompanhada por 72 israelitas - seis de cada tribo - para atender o desejo do rei. Estes foram recebidos com grande honra e durante sete dias surpreenderam a todos pela sabedoria que possuíam, demonstrada em respostas que deram a 72 questões; então, eles foram levados para a isolada ilha de Faros e ali iniciaram os seus trabalhos, traduzindo a Lei, ajudando uns aos outros e comparando as traduções conforme iam terminando. Ao final de 72 dias, a tarefa estava concluída. A tradução foi lida na presença de sacerdotes judeus, príncipes e povo reunidos em Alexandria; a tradução foi reconhecida por todos e declarada em perfeita conformidade com o original hebraico. O rei ficou profundamente satisfeito com a obra e a depositou na sua biblioteca.

Ainda que possua características lendárias, a narrativa de Aristéias ganhou crédito: Aristóbulo (170-50 a.C.), em uma passagem preservada por Eusébio, afirma que ?através dos esforços de Demétrios de Fálero, uma tradução completa da legislação judaica foi realizada nos dias de Ptolomeu?; o relato de Aristéias é repetido quase que literalmente por Flávio Josefo (Ant.Jud. XII,2) e substancialmente - com a omissão do nome de Aristéias - por Filo de Alexandria (De Vita Moysis II,6). A carta e o relato foram aceitos como genuínos por muitos padres e escritores eclesiásticos até o início do séc. XVI; outros detalhes que serviram para enfatizar a extraordinária origem da versão foram acrescentados ao relato de Aristéias: os 72 intérpretes foram inspirados por Deus (Tertuliano, Santo Agostinho, o autor de ?Exortação aos Gregos? [Justino?], entre outros); durante a tradução eles não consultaram uns aos outros, pois foram mantidos em celas separadas - quer individuais, quer em duplas - e suas traduções, quando comparadas, estavam em perfeita concordância com o sentido e expressões empregadas no texto original e, inclusive, de umas com as outras (?Exortação aos Gregos?, Santo Ireneu, São Clemente de Alexandria - São Jerônimo rejeitou o relato das celas isoladas afirmando que era fantasioso e falso (Praef. in Pentateuchum; Adv. Rufinum II, 25), bem como a alegada inspiração da Septuaginta); e, finalmente, de que os 72 intérpretes traduziram não apenas os cinco livros do Pentateuco mas todo o Antigo Testamento hebraico. A autenticidade da Carta, posta em dúvida primeiramente por Louis Vivès (1492-1540), professor em Louvain (Ad S. August. Civ. Dei XVIII, 42), e, depois, por Jos Scaliger (+1609) e, especialmente, por H. Hody (+1705) e Dupin (d. 1719), é atualmente negada por todos.

Críticas 

A Carta de Aristéias é certamente apócrifa. O escritor, que chama a si mesmo de Aristéias e declara-se grego e pagão, mostra, no decorrer de toda a sua obra, que, na verdade, é um judeu piedoso e zeloso: ele reconhece o Deus dos judeus como o único Deus; ele declara que Deus é o autor da Lei Mosaica; ele é um admirador entusiástico do Templo de Jerusalém, da terra e do povo judeu e de suas leis sagradas e homens cultos.

A narrativa da Carta deve ser considerada como fantasiosa e lendária, no mínimo em várias partes. Alguns detalhes, como a intervenção oficial do rei ao sumo-sacerdote, o número de 72 tradutores, as 72 questões que tiveram que responder e os 72 dias que levaram para traduzir a Lei são, claramente, afirmativas arbitrárias; além disso, é difícil de se admitir que os judeus alexandrinos tenham adotado para o seu culto público uma tradução da Lei feita a pedido de um rei pagão; finalmente, a linguagem da versão da Septuaginta denuncia, em vários pontos, um conhecimento imperfeito do hebraico e da topografia da Palestina, correspondendo muito mais ao idioma vulgar da Alexandria. Já que não é certo que todo o conteúdo da Carta seja lendário, os estudiosos questionam se não existe algum fundamento histórico disfarçado sob os detalhes lendários. Realmente isso pode ser possível - como se depreende da natureza peculiar da linguagem bem como sobre o que sabemos a respeito da origem e história da versão - já que o Pentateuco foi mesmo traduzido em Alexandria. Também parece verdadeiro que a versão date do tempo de Ptolomeu Filadélfo, isto é, de meados do séc. III a.C.. Mas se, como comumente se acredita, a Carta de Aristéias foi escrita por volta de 200 a.C., 50 anos após a morte de Filadélfo, com vistas a aumentar a autoridade da versão grega da Lei, poderia ter sido aceita tão facilmente e rapidamente difundida caso fosse fictícia ou se o tempo de sua composição não correspondesse à realidade? E mais: é possível que Ptolomeu tenha realmente alguma espécie de relacionamento com a preparação ou publicação da tradução, embora como e porque não possa ser determinado agora. Teria sido com o objetivo de enriquecer sua biblioteca, como declara o pseudo-Aristéias? Isto é possível, mas não pode ser provado, como será demonstrado abaixo; mas podemos muito bem descrever a origem da versão independentemente do rei.

Os pequenos detalhes acrescidos durante o passar dos anos ao relato de Aristéias não podem ser aceitos; tais acréscimos são: a estória das celas (explicitamente rejeitada por São Jerônimo); a inspiração dos tradutores (uma opinião certamente baseada na lenda das celas); o número de tradutores (72 - v. abaixo); a afirmativa de que todos os livros hebraicos foram traduzidos ao mesmo tempo (Aristéias fala da tradução da Lei (nomos), da legislação (nomothesia), dos livros do legislador - estas expressões, especialmente as duas últimas, certamente se referem ao Pentateuco e excluem os outros livros do Antigo Testamento, e São Jerônimo (Comment. in Mich.) declara: ?Josefo escreveu, e os hebreus nos informaram, que apenas os cinco livros de Moisés foram traduzidos por eles (os 72) e dados ao rei Ptolomeu?. Por outro lado, as versões dos diversos livros do Antigo Testamento diferem muito no vocabulário, estilo, forma e características, às vezes seguem uma tradução livre, outras vezes, extremamente literal, o que demonstra que elas não seriam obra dos mesmos tradutores. Apesar disso e de todas as divergências, o nome de ?versão da Septuaginta? é universalmente dado à coleção completa dos livros do Antigo Testamento existentes na Bíblia grega adotada pela Igreja oriental.

Origem segundo o ponto de vista comumente aceito.

Como para o Pentateuco o seguinte ponto de vista parece plausível, podemos também aceitar em linhas gerais: os judeus, nos dois últimos séculos antes de Cristo, eram tão numerosos no Egito, especialmente em Alexandria, que, em certo momento, passaram a constituir 2/5 da população total. Pouco a pouco a maioria deles deixou de usar ou esqueceu a língua hebraica em grande parte, caindo no perigo de esquecer a Lei. Consequentemente, tornou-se costumeiro interpretar na língua grega a Lei que era lida nas sinagogas e, naturalmente, após certo tempo, alguns homens zelosos pela Lei resolveram compilar uma tradução grega do Pentateuco. Isto ocorreu por volta de meados do séc. III a.C.. Para os demais livros hebraicos - os proféticos e históricos - foi natural que os judeus alexandrinos, fazendo uso do Pentateuco traduzido em suas reuniões litúrgicas, desejassem também a tradução destes; então, gradualmente, todos os livros foram sendo traduzidos para o grego, que se tornara a língua maternal destes judeus; tal exigência aumentava conforme o seu conhecimento de hebraico ia reduzindo dia a dia. Não é possível determinar com precisão o tempo ou os eventos que levaram a estas diferentes traduções; mas é certo que a Lei, os Profetas e, ao menos, parte dos outros livros (i.é, os Hagiógrafos) existiam antes do ano 130 a.C., como aparece no prólogo do Eclesiástico, que não data abaixo deste ano. É difícil determinar também onde as diversas traduções foram feitas pois as informações são muito escassas. A julgar pelas palavras e expressões egípcias que ocorrem na versão, a maioria dos livros deve ter sido traduzida no Egito, muito provavelmente na Alexandria. Ester, entretanto, foi traduzido em Jerusalém (XI, 1).

Quem e quantos eram os tradutores? Existe algum fundamento para o número de 72, como declara a lenda (Brassac-Vigouroux, nº 105)? Parece impossível responder essas questões; os talmudistas dizem que o Pentateuco foi traduzido por cinco intérpretes (Sopherim, c.1.). A história não nos oferece outros detalhes, mas um exame do texto mostra que, em geral, os autores não eram judeus palestinenses enviados ao Egito; diferenças de terminologia, método etc. provam claramente que os tradutores não eram os mesmos para os diferentes livros. É impossível também dizer se a obra foi executada oficial ou privativamente, como parece ser o caso de Eclesiástico; contudo, os diferentes livros, após traduzidos e dispostos em conjunto (o autor de Eclesiástico conhecia a coleção), foi recebida como oficial pelos judeus de língua grega.

3. História Subsequente
Recensões

A versão grega, conhecida como Septuaginta, foi bem acolhida pelos judeus alexandrinos, que logo a difundiu pelas nações onde o grego era falado; foi usada por diferentes escritores e suplantou o texto original nas cerimônias litúrgicas. Filo de Alexandria a utilizou em seus escritos e considerava os tradutores profetas inspirados; finalmente, ela foi acolhida pelos judeus da Palestina e foi notavelmente empregada por Josefo, historiador judeu palestinense. Sabemos também que os escritores do Novo Testamento fizeram uso dela, utilizando-a na maioria de suas citações. Ela tornou-se o Antigo Testamento da Igreja e foi altamente estimada pelos cristãos primitivos, de modo que muitos escritores e padres declararam-na inspirada. Os cristãos recorriam à ela constantemente em suas controvérsias com os judeus; estes logo reconheceram suas imperfeições e, finalmente, a rejeitaram em favor do texto hebraico ou de traduções mais literais (Áquila e Teodocião).

Correções críticas de Orígens, Luciano e Hesíquio

Em razão de sua difusão entre os judeus helenizantes e cristão primitivos, as cópias da Septuaginta passaram a se multiplicar e, como seria de se esperar, muitas alterações - algumas propositais, outras involutárias - foram surgindo. Logo sentiu-se a necessidade de restaurar o texto à sua pureza original. Eis um brevíssimo relato das tentativas de correção:

Orígenes reproduziu o texto da Septuaginta na quinta coluna de sua Hexápla. Marcou com obeli os textos que ocorriam na Septuaginta e que não se encontravam no original; adicionou de acordo com a versão de Teodocião e distinguiu com asteriscos e metobeli os textos do original que não se encontravam na Septuaginta; adotou das variantes da versão grega os textos que eram mais próximos ao hebraico; e, finalmente, transpôs o texto onde a ordem da Septuaginta não correspondia à ordem do texto hebraico. Sua recensão, copiada por Pânfilo e Eusébio, foi chamada de Hexápla para distingui-la da versão previamente empregada, chamada comum, vulgar, koiné ou antehexápla. Foi adotada na Palestina.

São Luciano, sacerdote de Antioquia e mártir, no início do séc. IV, publicou uma edição corrigida de acordo com o hebraico; tal edição reteve o nome de koiné, edição vulgar, e, às vezes, é chamada de Loukianos após o nome de seu autor. No tempo de São Jerônimo, estava sendo usada em Constantinopla e Antioquia.

Finalmente, Hesíquio, um bispo egípcio, publicou, quase que ao mesmo tempo, uma nova recensão, difundida principalmente no Egito.

Manuscritos 

Os três manuscritos mais conhecidos da Septuaginta são: o Vaticano (Codex Vaticanus), do séc. IV; o Alexandrino (Codex Alexandrinus), do séc. V, atualmente no Museu Britânico de Londres; e o do Monte Sinai (Codex Sinaiticus), do séc. IV, descoberto por Tischendorf no convento de Santa Catarina, no Monte Sinai, em 1844 e 1849, sendo que parte se encontra em Leipzig e parte em São Petersburgo. Todos foram escritos em unciais. O Codex Vaticanus é o mais puro dos três; é geralmente tido como o texto mais antigo, embora o Codex Alexandrinus carregue consigo o texto da Hexápla e tenha sido alterado segundo o texto massorético. O Codex Vaticanus é referido pela letra B; o Codex Alexandrinus, pela letra A; e o Codex Sinaiticus, pela primeira letra do alfabeto hebraico (aleph) ou S. A Biblioteca Nacional de Paris possui também um importante palimpsesto manuscrito da Septuaginta, o Codex Ephraemirescriptus (designado pela letra C) e dois manuscritos de menor valor (64 e 114), em cursivas, um pertencente ao séc. X ou XI e o outro, ao séc. XIII (Bacuez e Vigouroux, 12ª ed., nº 109).

Edições Impressas

Todas as edições impressas da Septuaginta são derivadas das três recensões acima citadas.

A Editio Princeps é a da Complutensiana ou de Alcalá. Provém da Hexápla de Orígenes. Impressa em 1514-18, não foi publicada até aparecer na Poliglota do card. Ximenes, em 1520.

A edição Aldine (iniciada por Aldo Manúcio) apareceu em Veneza em 1518. O texto é mais puro que a edição Complutensiana e está mais próxima do Códice B. O editor diz que colecionou manuscritos antigos mais não os especifica. Foi reimpressa várias vezes.

A mais importante edição é a Romana ou Sixtina, que reproduz quase que exclusivamente o Codex Vaticanus. Foi publicada sob a direção do card. Caraffa, com o auxílio de vários sábios, em 1586, sob a autoridade de Sixto V, com o objetivo de socorrer os revisores que preparavam a nova edição da Vulgata latina ordenada pelo Concílio de Trento. Tornou-se, assim, o textus receptus do Antigo Testamento grego e teve diversas novas edições, tais como a de Holmes e Pearsons (Oxford, 1798-1827), as sete edições de Tischendorf, que apareceram em Leipzig entre 1850 e 1887 (as duas últimas publicadas após a morte do autor e revisadas por Nestle), as quatro edições de Swete (Cambridge, 1887-95, 1901, 1909), etc.

A edição de Grabe, publicada em Oxford de 1707 a 1720, reproduzindo, imperfeitamente, o Codex Alexandrinus de Londres.


4. Valor Crítico e Linguagem

Valor Crítico

A versão da Septuaginta, embora ofereça exatamente em forma e substância o verdadeiro sentido dos Livros Sagrados, difere consideravelmente do atual texto hebraico (Massorético). Essas discrepâncias, porém, não são de grande importância, mas apenas assunto de interpretação. Podem ser assim classificadas: algumas são oriundas dos tradutores que tiveram à sua disposição recensões hebraicas diferentes daquelas que são conhecidas como massoréticas; às vezes os textos variam, outras vezes, os textos são idênticos, mas lidos em ordem diferente. Outras discrepâncias devem-se à personalidade dos tradutores; para não se falar da influência exercida em suas obras em razão de seus métodos de interpretação, as dificuldades inerentes da tarefa, seus maiores ou menores conhecimentos de grego e hebraico: eles acabaram traduzindo diferentemente dos massoretas justamente porque liam os textos de forma diferente; é pois natural que o hebraico, escrito em caracteres quadrados, e certas consoantes bem similares na forma fossem vez ou outra confundidos, ocasionando erros de tradução; mais: o texto hebraico era escrito sem qualquer espaçamento entre as palavras e os tradutores facilmente poderiam confundir a separação das palavras; finalmente, como o texto hebraico não dispunha de vogais, eles poderiam suprir as palavras com vogais diversas daquelas que foram usadas mais tarde pelos massoretas. Novamente, não devemos achar que possuímos atualmente o exato texto grego como foi escrito pelos tradutores; as freqüentes transcrições feitas durante os primeiros séculos, assim como as correções e edições de Orígenes, Luciano e Hesíquio danificaram a pureza do texto: voluntária ou involuntariamente, os copistas permitiram a ocorrência de muitas corrupções textuais, transposições, adições e omissões no texto primitivo da Septuaginta. Em particular, podemos notar a adição de passagens paralelas, notas explanatórias ou traduções duvidosas causadas pelas notas marginais. A este respeito, v. "Dicionário da Bíblia" art. cit., e Swete, "Uma Introdu ção ao Antigo Testamento em Grego".

Linguagem

Todos admitem que a versão da Septuaginta foi redigida em grego popular, a koine dislektos. Mas o grego do Antigo Testamento era um idioma especial? Muitas autoridade garantem que sim, embora discordem quanto à sua real característica. O Dicionário da Bíblia, em seu verbete Grego bíblico, assegura que era o grego hebraizante falado pela comunidade judaica de Alexandria, o grego popular de Alexandria com uma larga mistura de hebraísmos. O mesmo dicionário, no verbete Septante, menciona a mais recente opinião de Deissmann de que o grego da Septuaginta é meramente o grego vernacular ordinário, a pura koine daquela época. Deissmann baseia sua teoria na semelhança perfeita da linguagem da Septuaginta com a dos papiros e inscrições do mesmo período; ele acredita que as peculiaridades sintáticas da Septuaginta, que a princípio parecem favorecer a teoria de uma linguagem especial (um grego hebraicizado), são suficientemente explicadas pelo fato da Septuaginta ser a tradução grega de livros hebraicos.


Fonte: HEEREN, A Vander. Apostolado Veritatis Splendor: A VERSÃO DA SEPTUAGINTA. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/47. Desde 22/10/2002.

Priscila e Áquila: Um casal exemplar


“DAI os meus cumprimentos a Prisca e Áquila, meus colaboradores em Cristo Jesus, que, pela minha alma, arriscaram os seus próprios pescoços, aos quais não somente eu, mas também todas as congregações das nações expressamos agradecimentos.” — Romanos 16:3, 4.

Estas palavras do apóstolo Paulo à congregação cristã em Roma evidenciam a grande estima e cordial consideração que ele tinha por esse casal. Ele certificou-se de não os passar por alto ao escrever à sua congregação. Mas quem eram esses dois “colaboradores” de Paulo, e por que eram tão estimados por ele e pelas congregações? — 2 Timóteo 4:19.

Áquila era um judeu da diáspora (os judeus dispersos) e natural de Ponto, uma região no norte da Ásia Menor. Ele e a esposa,Priscila (Prisca), tinham fixado residência em Roma. Havia uma comunidade judaica bastante grande naquela cidade, pelo menos desde que Jerusalém foi capturada por Pompeu, em 63 AEC, quando grande número de prisioneiros foi levado para Roma em escravidão. Aliás, há inscrições em Roma que revelam que existiam doze ou mais sinagogas na antiga cidade. Vários judeus de Roma estavam em Jerusalém no Pentecostes de 33 EC, ocasião em que ouviram as boas novas. Talvez tenha sido por intermédio deles que a mensagem cristã chegou pela primeira vez à capital do Império Romano. — Atos 2:10.

No entanto, os judeus haviam sido expulsos de Roma no ano 49 ou em princípios do ano 50 EC às ordens do Imperador Cláudio. Assim, foi na cidade grega de Corinto que o apóstolo Paulo conheceu Áquila e Priscila. Quando Paulo chegou a Corinto, Áquila e Priscila ofereceram-lhe gentilmente hospitalidade e trabalho, porque tinham o mesmo ofício: fabricação de tendas. — Atos 18:2, 3.

Fabricantes de tendas: Não era um trabalho fácil. Era preciso cortar e coser pedaços duros e ásperos de tecido ou couro. Segundo o historiador Fernando Bea, era “um trabalho que requeria perícia e cuidado” dos fabricantes de tendas que manejavam “tecidos grossos e não flexíveis, usados em viagens para acampar, como proteção contra sol e chuva ou para enfardar mercadorias nos porões de navios”.

Isso levanta uma pergunta. Não disse Paulo que havia sido ‘instruído aos pés de Gamaliel’, o que lhe preparou o caminho para fazer uma carreira de prestígio nos anos à frente? (Atos 22:3) É verdade, mas os judeus do primeiro século achavam honroso ensinar um ofício aos rapazes, mesmo que fossem receber instrução superior. Por isso é provável que tanto Áquila como Paulo tenham aprendido a fabricar tendas na juventude. Essa experiência foi muito útil mais tarde. Mas, como cristãos, eles não consideravam esse serviço secular como um fim em si mesmo. Paulo explicou que seu trabalho em Corinto com Áquila e Priscila foi só um meio de sustentar-se em sua atividade principal, que era declarar as boas novas sem ‘impor a ninguém um fardo dispendioso’. — 2 Tessalonicenses 3:8; 1 Coríntios 9:18; 2 Coríntios 11:7.

É evidente que Áquila e Priscila tiveram prazer em fazer o que estava ao seu alcance para facilitar o serviço missionário de Paulo. Quem sabe quantas vezes esses três amigos pausaram durante o trabalho para pregar informalmente a clientes ou transeuntes! E, embora fabricar tendas fosse um trabalho humilde e fatigante, eles tinham prazer nisso e trabalhavam até “noite e dia” para promover os interesses de Deus, assim como muitos cristãos na atualidade mantêm-se em algum serviço de tempo parcial ou trabalho temporário para poder dedicar a maior parte do tempo restante para pregar a outros sobre a verdade de Cristo. — 1 Tessalonicenses 2:9; Mateus 24:14; 1 Timóteo 6:6.

Exemplos de hospitalidade: É possível que Paulo tenha usado a casa de Áquila como base para suas atividades missionárias no período de um ano e meio em que ficou em Corinto. (Atos 18:3, 11) Nesse caso, é provável que Áquila e Priscila tenham tido o prazer de também hospedar Silas (Silvano) e Timóteo quando chegaram da Macedônia. (Atos 18:5) As duas cartas de Paulo aos tessalonicenses, que mais tarde tornaram-se parte do cânon da Bíblia, podem ter sido escritas enquanto o apóstolo estava hospedado na casa deÁquila e Priscila.
É fácil imaginar que, nessa época, a casa de Priscila e Áquila fosse uma verdadeira colméia de atividades espirituais. Provavelmente era frequentada por muitos amigos queridos: Estéfanas e sua família, que foram os primeiros cristãos na província da Acaia, batizados pelo próprio Paulo; Tício Justo, que permitiu que Paulo usasse sua casa para fazer discursos; e Crispo, o presidente da sinagoga, que aceitou a verdade junto com toda a família. (Atos 18:7, 8; 1 Coríntios 1:16) Entre eles havia ainda Fortunato e Acaico; Gaio, em cuja casa talvez se realizassem os ajuntamentos congregacionais; Erasto, o mordomo da cidade; Tércio, o secretário a quem Paulo ditou sua carta aos romanos; e Febe, uma irmã fiel da vizinha congregação de Cencréia, que provavelmente levou a carta de Corinto a Roma. — Romanos 16:1, 22, 23; 1 Coríntios 16:17.

Tão grande era a amizade com Paulo, que Áquila e Priscila foram com ele para Éfeso, quando ele partiu de Corinto, na primavera de 52 EC. (Atos 18:18-21) O casal ficou em Éfeso e lançou o alicerce para a próxima visita do apóstolo. Foi lá que esses habilidosos instrutores das boas novas acolheram o eloquente Apolo “na sua companhia” e tiveram a alegria de ajudá-lo a entender “mais corretamente o caminho de Deus”. (Atos 18:24-26) Quando Paulo revisitou Éfeso em sua terceira viagem missionária, por volta do inverno de 52/53 EC, o campo que fora cultivado por esse dinâmico casal já estava maduro para a colheita. Por uns três anos, Paulo pregou e ensinou “O Caminho” em Éfeso, e a congregação de lá realizava a assembléia cristã na casa de Áquila. — Atos 19:1-20, 26; 20:31; 1 Coríntios 16:8, 19.

Mais tarde, ao voltarem para Roma, esses dois amigos de Paulo continuaram a ‘seguir o proceder da hospitalidade’, colocando sua casa à disposição para as reuniões cristãs. — Romanos 12:13; 16:3-5.

"Arriscaram o pescoço" por Paulo: Talvez Paulo também tenha ficado na casa de Áquila e Priscila enquanto esteve em Éfeso. Será que estava hospedado na casa deles na época do tumulto dos prateiros? Segundo o relato em Atos 19:23-31, quando os artífices que fabricavam santuários revoltaram-se contra a pregação, os irmãos tiveram de impedir que Paulo se arriscasse enfrentando a multidão. Segundo teorizam alguns comentaristas da Bíblia, pode ter sido exatamente numa situação perigosa como essa que Paulo sentiu-se ‘incerto até mesmo quanto à sua vida’ e que Áquila e Priscila intervieram de algum modo, ‘arriscando o próprio pescoço’ por ele. — 2 Coríntios 1:8; Romanos 16:3, 4.

“Tendo diminuído o alvoroço”, Paulo foi suficientemente sensato para partir da cidade. (Atos 20:1) Áquila e Priscila sem dúvida enfrentaram oposição e foram ridicularizados. Será que isso os abateu? Ao contrário, Áquila e Priscila destemidamente deram continuidade a suas atividades cristãs.

Casal bem entrosado: Terminado o domínio de Cláudio, Áquila e Priscila voltaram para Roma. (Romanos 16:3-15) No entanto, a última menção deles na Bíblia situa-os novamente em Éfeso. (2 Timóteo 4:19) Como em todas as outras referências nas Escrituras, mais uma vez os dois são mencionados juntos. Que casal bem entrosado e unido! Paulo não podia pensar naquele querido irmão, Áquila, sem se lembrar da fiel cooperação da sua esposa. E que exemplo excelente para os casais cristãos hoje, porque a ajuda leal de um cônjuge devotado permite que se faça muito “na obra do Senhor” e, às vezes, até mais do que seria possível fazer como solteiro. — 1 Coríntios 15:58.

Áquila e Priscila serviram em várias congregações. Como eles, muitos cristãos na atualidade colocam-se à disposição para mudar-se para onde há mais necessidade de pregadores do evangelho. Eles também têm a alegria e a satisfação de ver os interesses do Reino de Deus crescerem e de poder cultivar amizades cristãs cordiais e preciosas.

Com seu esplêndido exemplo de amor cristão, Áquila e Priscila conquistaram o apreço de Paulo e de outros. Mas o que é mais importante é que fizeram uma excelente reputação aos olhos do próprio Criador. As Escrituras asseguram: “Deus não é injusto, para se esquecer de vossa obra e do amor que mostrastes ao seu nome, por terdes servido aos santos e por continuardes a ministrar.” — Hebreus 6:10.

Talvez não tenhamos a oportunidade de dar de nós de maneiras similares ao que Áquila e Priscila fizeram, mas ainda assim podemos imitar seu excelente exemplo. Nossa satisfação será profunda ao devotarmos nossas energias e vida ao serviço sagrado, nunca nos esquecendo “de fazer o bem e de partilhar as coisas com outros, porque Deus se agrada bem de tais sacrifícios”. — Hebreus 13:15, 16.

Fonte: http://bibliotecabiblica.blogspot.com.br/2009/04/priscila-e-aquila.html