Santuários móveis do Egito e do Sinai
Moisés
e seus artífices tinham à sua disposição a tecnologia egípcia tradicional de
construção de santuários móveis. O exemplo mais antigo do qual se tem
conhecimento é a estrutura de um pavilhão laminado em ouro da rainha Hetepheres
(c. 2.600 a.C.), a mãe de Khufu (Quéops), o faraó que construiu a grande
pirâmide. Vários santuários móveis revestidos de ouro foram encontrados no
túmulo do rei egípcio Tutankamon (1.336-1.327)
Antes
do Êxodo, Moisés passou quarenta anos na península do Sinai com midianitas da
família de sua esposa.
Um
santuário em forma de tenda datado de 1.110 a.C., proveniente de uma mina de
cobre em Timna (Khibert Tibneh), no vale da Arabá ao sul do mar Morto, pode ter
sido confeccionado pelos Midianitas. Varas de madeira com vestígios de cortinas
vermelhas e amarelas foram encontradas nesse local. Além de experiência
egípcia, Moisés talvez tenha lançado mão de técnicas dos midianitas na
construção do tabernáculo.
Antecedentes
culturais específicos dos santuários portáteis, carregados em varas e
revestidos de placas de ouro acham-se no Egito antigo, já nos dias do Reino
Antigo (2.800-2.250), mas tinham destaque especial na XVIII e XIV dinastia
(1.570-1.180). Os melhores exemplares provêm do túmulo fabuloso de Tutancâmon³.
Definição de tabernáculo
Em
Hebraico Mikdash significa
tabernáculo, santuário. O termo tabernáculo, vem da palavra latina tabernaculum, que se referia a tenda de
culto e ao átrio ao seu redor.
O que era o Tabernáculo?
Enquanto
o povo de Israel se encontrava acampado no deserto junto ao monte Sinai, o
Senhor deu a Moisés instruções detalhadas para a construção de uma tenda de
culto, chamada de “santuário”, “tabernáculo” e tenda da congregação.
O
tabernáculo era um santuário portátil, formado de uma estrutura de madeira de
acácia recoberta por duas grandes cortinas de linho fino e seus utensílios.
Era
de grande importância para Israel, como dá a entender sua descrição duplicada.
Em Êxodo 25:8 Deus diz: “E me farão um
santuário, para que Eu possa habitar no meio deles”. O tabernáculo,
portanto, era o local da presença de Deus com seu povo, um símbolo visível de
que ele era seu Deus. Aqui Israel deveria cultuar e fazer expiação por
transgressões das estipulações da aliança.
O
tabernáculo com seus símbolos e sistema sacrificial era o meio pelo qual o Deus
santo, transcendente e infinito poderia, ainda assim, estar presente com seu
povo – “tabernáculo” ou “acampamento” em seu meio. E era o recurso pelo qual um
povo pecador poderia manter comunhão com seu Senhor santo.
Como
símbolo da presença de Deus, prenuncia o tempo em que Deus na pessoa de seu
Filho estaria presente em forma visível no meio do seu povo: “o Verbo se fez
carne e “tabernaculou” entre nós,
cheio de graça e de verdade (Jo 1:14).
Algumas razões importantes sobre o tabernáculo
Desde
a queda do homem em Gn 3 onde proporcionou a entrada do pecado no mundo e o
homem passou a ser um “estranho” para Deus, o Altíssimo dentro de sua
onisciência já tinha um plano de redenção para a humanidade. É bem certo, que o
homem sem Deus não pode fazer nada e sem a presença de Deus é como uma noite sem lua, verão sem Sol,
proporcionou um lugar móvel para que, aonde o seu povo fosse, ali ele também
estaria. As razões importantes para nós a respeito do tabernáculo são:
a) O tabernáculo é um tipo de Cristo (Jo 1:14, Lc 24:25,27)
Toda a Bíblia tem um
propósito principal: revelar o amor de Deus ao homem. Esta revelação de amor
está concentrada em Cristo Jesus, O Salvador. Um “tipo” é o mesmo que uma
figura, uma parábola.
b)
Como todo homem estava morto espiritualmente, Deus usaria
os sentidos deste homem com os quais poderiam VER, TOCAR, OUVIR E CHEIRAR,
despertando-os para as coisas espirituais (II Co
3:14).
Como Deus poderia se
comunicar com um homem morto em seu espírito? Tal seria impossível. Deus,
então, em sua sabedoria começa a revelar-se em um nível de que seria possível
ao homem compreender seu plano de Redenção.
c) Seu ensino é a razão de todo o Novo Testamento e aí
descobrimos os detalhes do Santuário se encaixando no N.T. (I Co 6:19)
Novo Testamento ou
Nova Aliança é o maior ensino do Espírito, levando o homem a receber a maior
revelação da humanidade: Cristo em (dentro) de nós (Cl 1:27).
d) Conhecer o plano de Deus para salvar a humanidade (Hb
9:11,12)
Deus havia declarado em Gn
3:15 que da descendência da mulher seria levantado Àquele que venceria a
serpente (diabo). Para vencer a morte representada pelo pecado e pelo diabo,
Deus não poderia usar um homem morto em pecado. Deus já revela seu extraordinário
plano de resgate ao homem: a vida de Deus em Jesus, homem entraria pelos
portais da morte e vida e venceria a morte. O pecado seria vencido pela
santidade, mostrando ao mundo que ser homem, não significa ser vencido pelo
pecado, pois o pecado perderia o seu domínio sobre o homem nascido de Deus (Rm
6:14).
Panorama
Os
Israelitas marcharam no deserto, os Levitas (tribo sacerdotal) desmontavam o
Tabernáculo, e, a arca era levada pelos sacerdotes, em duas varas, então eles iam com
a nuvem de glória sobre eles. Haviam três famílias procedentes da tribo de Levi
que eram responsáveis para o transporte dos artigos do tabernáculo.
Depois do colapso da fé deles, Deus criou algo que atrairia notavelmente os
seus cinco sentidos, assim eles se lembrariam de que eram o povo de Deus. Ao
longo do Antigo Testamento, Deus teve que estimular os sentidos, porque depois
de Adão, e até o tempo de Jesus, o homem estava espiritualmente morto. Deus é
Espírito, e todo o homem conhecia os cinco sentidos (com os quais ele poderia
ver, tocar, provar, ouvir, e cheirar). O Senhor começaria aqui no tabernáculo a
entesourar o povo de Israel com cerimônias e rituais de forma que eles se
lembrariam d'Ele. Deus começaria a vincular um sentido ao povo por Ele
governado, com algo espiritual, de forma que eles teriam fé simplesmente pelo
que eles viam. Se você pensa no pacto da circuncisão, cada vez que um homem ia
para o banheiro, ele se lembraria do pacto. E o que foi o pacto? Aquele que um
dia viria o Messias, da nação que Deus iniciou, pelo primeiro hebreu, Abraão. O
Messias seria o salvador de todo o mundo.
Ele começou lhes dando uma estrutura física chamada o tabernáculo, com toda sua
mobília, e sacerdócio, e ofertas. Então Ele lhes daria sacrifícios diários
(memoriais) e orações, sábados semanais, banquetes e festas, alimentos limpos e
imundos, e muitas outras cerimônias e leis escolhidas, que seriam todas
lembranças físicas que culminavam para o Homem que viria que seria o Messias.
Deus lhes deu tantas cerimônias, que quando Ele veio, eles não sentiriam sua
falta. E o que aconteceu? Quando Ele veio eles sentiram falta d'Ele. Eles eram
tão envolvidos em suas tradições e rituais que, quando Jesus veio, Ele que era
a realização de todas as cerimônias, eles estavam completamente em trevas e não
O reconheceram, e acabaram forçando o governador romano a crucifica-lo. Mas
Deus, em Sua maravilhosa onisciência, soube disto e planejou tudo desde o
princípio. Por isso, Ele instituiu o sangue como o meio de redenção.
O
Tabernáculo foi tão importante, que o mesmo continuou sendo usado desde a
entrada em Canaã até a construção do Templo de Salomão.
O
Tabernáculo também foi construído através das ofertas do povo hebreu, “Fala aos filhos de Israel, que me tragam
uma oferta alçada; de todo o homem cujo coração se mover voluntariamente, dele
tomareis a minha oferta alçada. E esta é a oferta alçada que recebereis deles:
ouro, e prata, e cobre, e azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino, e pêlos de
cabras, E peles de carneiros tintas de vermelho, e peles de texugos, e madeira
de acácia, azeite para a luz, especiarias para o óleo da unção, e especiarias
para o incenso, pedras de ônix, e pedras de engaste para o éfode e para o
peitoral. E me farão um santuário, e habitarei no meio dele (Ex 25:2-8”).
Referências:
Duas
passagens longas de Êxodo descrevem o Tabernáculo e seus utensílios. Nos
capítulos 25-31, Deus revela a Moisés o plano, os materiais e os desígnios para
construí-lo. Nos capítulos 35-40, Moisés segue as ordens de Deus, nos menores
detalhes.
Deus o Engenheiro do Tabernáculo
Tudo
que Deus faz é perfeito! Aquele que com a sua voz criou do nada o mundo, deu as
dicas a seu servo Moisés de como deveria ser esse tabernáculo.
O
Tabernáculo deveria ser portátil, de modo que, se a nuvem de glória (Hebraico שכן = Shekhinah) se
movia, eles moviam também a arca, deste modo:
Os materiais Santos (Ex 25:1-9)
Os
metais para a construção do Tabernáculo aqui relacionados são exatamente como
Deus desejou. Em nada havia a imaginação humana, porque o Senhor vai construir
a sua tenda entre nós, seria do modo dEle. São os materiais:
OURO - Fala da Glória de Deus.
Israel ofertou 1.269 kg de ouro.
PRATA - Fala da Redenção. O tabernáculo estava
apoiado nas bases de prata; Não há prata mencionada no céu. Todos
já terão sido redimidos. Israel ofertou 4.350 kg de prata.
BRONZE - Representa Juízo. Foi
empregado onde se precisava de força excepcional e a resistência ao calor era
importante. Quando Moisés fez a serpente de bronze (Nm 21:09), falou do poder da
serpente, que seria julgada quando o Filho de Deus fosse levantado. Total de
3.035 kg de bronze,
Observe que só em
metais o Tabernáculo pesava 8.654 kg, fora as madeiras e tecidos.
Os tecidos
Azul - Tecido
de linho branco (pureza) onde eram bordados fios com tingimento azul extraído
de um molusco que produzia esta cor luminosa. Revela que o homem precisa de
algo que gerasse nele a idéia de céu como um lugar de seu destino e a presença
de Deus com ele. Jesus era celestial em sua origem e natureza (Jo 3:31).
Púrpura - Os hebreus obtinham essa intensa cor de
vermelha ao misturar o azul e a escarlata juntos. Essa intensa cor vermelho-púrpura
era uma cor realeza. Revela Jesus o Rei dos Reis. Também profetizava que o
celestial (azul) se uniria ao terreno (escarlata) revelando o sangue e
sacrifício. Note que as cores eram misturadas, gerando uma nova cor.
Carmesim - O carmesim era extraída de um inseto oriental
(verme) que infesta certas árvores. Os
insetos eram esmagados e transformados em um pó que produzia essa cor.
Escarlata fala do Sacrifício de Cristo e de seu sofrimento – “Ao Senhor agradou moê-lo...” (Is 53:10); Salmo 22:06 é um
salmo messiânico onde de Jesus se diz: “sou
um verme”.
A COBERTURA DO TABERNÁCULO - Cortinas (Ex 26:01-37)
a) 1ª Cobertura
Era feita de Linho
Branco, entrelaçado e bordado com fios de azul, púrpura e carmesim com bordados
de desenhos de querubins. Os querubins só eram vistos nesta cortina e nas
entradas do Santo Lugar e no Santíssimo Lugar ou Santo dos Santos. Os querubins
estão sempre associados à santidade de Deus. Eles foram colocados na entrada do
Édem, quando Adão pecou para guardarem o caminho que levava à árvore da vida (Gn 3:24). Os sacerdotes que
ministravam no Lugar Santo, viam em toda a sua volta os Querubins, fazendo-os a
lembra de santificarem-se.
b) 2ª Cobertura
Era colocada sobre a
primeira e era maior atrás. Era feitas de pele de cabras. Eram duas grandes
metades entrelaçadas. Levítico 16:7 fala da ordem dada por Deus para separar 2
bodes: um para sacrifício e outro para ser enviado ao deserto. O primeiro era sacrificado
e tinha o seu sangue derramado – “Sem
derramamento de sangue não há remissão” (Hb 9:22). O segundo que era enviado para o deserto,
para longe da presença de Deus, longe do santuário. Este ato revelava que Deus
iria prover aquele que enviaria para longe todos os nossos pecados: “Quanto dista o Oriente do Ocidente, assim
afasta de nós as nossas transgressões” (Sl 103:12).
c) 3ª Cobertura
Era feita de peles de
carneiro, tingidas de vermelho. Era a primeira das duas últimas que seriam às
intempéries (s.f.
Quaisquer condições climáticas que estejam mais intensas; vento forte, chuva
tropical, chuva torrencial). É
interessante notar que nenhuma medida foi dada para esta cobertura. Esta
cobertura revela a obediência e a consagração. As peles não eram vermelhas,
originalmente. Assim também Jesus precisou anular-se ao se fazer homem e
aprender a obediência e consagrar-se, sem o que nada valeria seu sacrifício (Fp 2:08-11). É interessante que,
a medida que se afasta da primeira cobertura
e do Santo dos Santos, menor era a preciosidade dos materiais utilizados
nas demais coberturas. Se nos afastarmos da cobertura que Deus nos deu, ficamos
mais expostos ás forças rudes deste mundo.
d) 4ª Cobertura
Era feita de peles de
carneiro, tingidas de boi marinho, chamado “Dugong”.
Era um mamífero aquático (parecido com um Delfin) que era encontrado às margens
do Mar Vermelho. A cobertura final de peles não tinha uma aparência agradável.
Quem passava de longe via uma tenda não muito atrativa. Mas ali era o ponto
central da adoração à Deus (Yaweh). Semelhantemente como é no Reino de Deus,
quanto mais nos aprofundamos buscando as coisas de Deus, mais beleza e
esplendor nós encontramos – “Pois aquele
a quem estas coisas não estão presentes é cego, vendo só o que está perto,
esquecido da purificação dos seus pecados de outrora (II Pe 1:09), “Não
tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos
agradasse (Is
53:02).
As
quatro coberturas revelam as 4 faces de Jesus nos 4 Evangelhos:
MATEUS = Ele é
Rei (Leão)
MARCOS = Ele é servo (Boi)
LUCAS = Ele é
Homem
JOÃO = Ele é Filho de Deus (Águia)
AS TRIBOS AO REDOR DO TABERNÁCULO
As 12 tribos, em grupos de 3,
foram colocadas a uma certa distância ao redor do Tabernáculo. A Tribo de Levi
não foi contada por ter sua parte na guarda do Tabernáculo. Em segundo lugar, a
Tribo de José foi dividida em duas outras partes: Efraim e Manassés.
Judá ocupa a maior área que estava na face oriental da
entrada do Tabernáculo. Isto foi profetizado pelo seu pai, Jacó (Gn 49:10).
TRIBO DE LEVI
A tribo
de Levi assume grande importância na história de Israel desde seu princípio. Em
Êxodo, Moisés e Arão são
membros desta tribo, e lideram todo o povo de Israel mantido em regime de
servidão no Egito, rumo à terra de Canaã. Moisés se tornou
líder espiritual e legislador de toda a nação durante sua peregrinação no
deserto, e recebeu de Deus as tábuas com os Dez Mandamentos, além de instruções
acerca das leis e das normas de conduta que norteariam a nação israelita pelos
séculos seguintes.
Moisés
também nomeou seu irmão Arão como sumo-sacerdote, e designou seus descendentes,
e apenas seus descendentes, como aqueles que teriam a permissão de realizar
sacrifícios e adentrar o tabernáculo, e entrar em
presença à Arca da Aliança. Suas funções
sacerdotais eram intransferíveis, e, segundo consta, outros que tentaram
exercer as funções dos levitas foram punidos por Deus.
Quando
da conquista de Canaã, a tribo de Levi foi a única a não receber parte da
terra, um território específico e delimitado. Ao contrário, os levitas
receberam cidades isoladas, situadas nas regiões de todas as outras tribos.
O papel dos levitas como ministros
do Tabernáculo era de cooperarem na edificação do Tabernáculo, sob a supervisão
do filho de Arão, Itamar. Nas leis preparatórias para a marcha pelo deserto,
Levi foi separado por Deus, das outras tribos, e colocado sob responsabilidade
de desmarchar, transportar e erigir o tabernáculo além de servirem como uma
espécie de “pára-choque” para
protegerem as demais tribos israelitas da indignação de Deus, que os ameaçava
se desapercebidamente entrassem em contato com a tenda sagrada ou com os seus
móveis (Nm 1:47-54).
Eles foram escolhidos como
substitutos do povo de Israel nos serviços do Tabernáculo por manterem-se fiéis
a Deus e a Moisés.
AS DIVISÕES
DO TABERNÁCULO
O tabernáculo era divido em três
partes: o Átrio exterior ou pátio, O Lugar Santo e o Santo dos Santos ou
Santíssimo.
ÁTRIO EXTERIOR OU PÁTIO
Olhando
de longe, vê-se um cercado em forma de retângulo demarcado por uma cortina (50
x 25m) de linho branco (pureza e santidade), com 2,5m de altura, sustentado por
60 firmes colunas, apoiadas em base de cobre (Ex. 27:9 e 12).
Por cima da cerca ainda se pode ver o teto da tenda, que está do lado
de dentro deste cercado. Não havia exteriormente beleza alguma.
Dentro
desse cercado de linho branco, chamado de Átrio ou Pátio (media 50m de
cumprimento por 25m de largura), podia-se ver em sua primeira metade o Altar de
Holocausto; mais à frente a Pia de Bronze cheia de água. Na segunda metade
desse Pátio ficava uma espécie de casa que seria exatamente a tenda.
Todas
as vezes que era armado, sua única porta (10m x 2,5m) ficava para o nascente.
As 12 tribos faziam acampamento ao redor do Tabernáculo, formando grupos de 03
tribos à frente, 03 do lado direito, 03 do lado esquerdo e 03 na retaguarda. O
Tabernáculo ficava sempre no meio do acampamento, indicando que Deus deseja
estar no centro das nossas vidas.
Mobiliário do Tabernáculo:
a) Pia ou Lavatório
Material: Feito de
bronze, sempre estava cheio com água. Significado espiritual: Bronze significa
o juízo de todos os pecados da humanidade. Para levar a condenação de todos os
pecados da humanidade, Jesus levou os pecados do mundo nEle sendo batizado por João.
Como tal, o significado da pia é que nós podemos ser lavados de todos nossos
pecados crendo que foram passados todos estes nossos pecados sobre Jesus com
Seu batismo.
Os sacerdotes que
serviam no Tabernáculo também lavam suas mãos de seus pés antes de entrar no
Tabernáculo e assim evitavam sua morte. Bronze se refere ao julgamento de todos
os pecados, e a água da pia se refere ao batismo que Jesus recebeu de João e
pelo qual Ele levou os pecados do mundo nEle. Em outras palavras, a pia nos
fala que Jesus aceitou todos os pecados passados sobre Ele e levou a condenação
destes pecados. A água na pia significa, no Antigo Testamento, o fio azul do
Tabernáculo, e no Novo Testamento, o batismo que Jesus recebeu de João (Mt 3:15, 1 Pe 3:21).
b) Altar de bronze
Quando
o Israelita se aproximava do tabernáculo com
o seu sacrifício e atravessava aquele portão de entrada ele encontrava entre
ele e o tabernáculo um altar com um sacerdote ao lado. O altar de forma
quadrada. Sua largura e comprimento era exatamente igual à altura da cerca de
linho branco ao redor do átrio com 5 cúbitos (2,25 metros). Sua altura era de 3
cúbitos (1,35 metros) e foi feito de madeira de acácia
revestida com bronze com chifres em cada canto.
Este era o altar no
qual os sacrifícios eram feitos conforme descreve Lv.1:9, como um doce sabor
para o Senhor. Era onde o sangue era derramado e o pecador era perdoado. Não
importa quão boa pessoa fosse, sem o derramamento de sangue não havia nenhum
perdão.
SANTO LUGAR
Uma grande e exuberante cortina com 5 metros de altura, sustentada por 5
colunas revestidas de ouro e suas bases de bronze, era colocada na entrada do
Santo Lugar. Aqui somente os sacerdotes – Arão e seus filhos – poderiam entrar
e mais ninguém.
Algumas revelações aqui:
a) Jesus é o caminho
(porta) que nos leva a Deus
b) As 5 colunas revelam
os 5 Ministérios dados por Cristo (Ef 4:11-14).
c) As bases de bronze
revelam que todo ministério requer sacrifício, entrega, ser aprovado e aprovado
pelo Fogo de Deus (Ef 4:20-24; I Co 4:12).
d) O Santo Lugar revelava o ministério de Cristo taberculando com os
homens.
No Santo Lugar, havia três peças se
destacavam:
1) A mesa dos pães da proposição ou presença
O
sacerdote tinha à sua mão direita, a mesa dos pães da proposição ou
também chamada de mesa da presença. Foi feita de madeira de acácia
revestida com puro ouro. Seu tamanho era de 2 côvados (90 cm)
de comprimento por 1 côvado (45
cm) de largura, com uma altura de 1 1/2 côvados (70 cm). Ao redor da mesa
estava uma borda de ouro, e um pouco mais adiante, no topo de mesa, uma borda
adicional que seguraria os pães no lugar. A mesa tinha quatro pernas, e duas varas de
ouro foram encaixadas por argolas douradas presas às pernas para transportar.
O
propósito desta mesa era colocar os 12 pães feitos de flor de farinha. Eles foram
colocados lá em duas filas de seis, cada pão representa uma das tribos de
Israel (Lv. 24:8).
O
historiador Josefo, indica que o pão era sem fermento. Este pão às vezes é
chamado de “pão da preposição”,
porque seu significado literal é 'pão da face', isto é, pão partido diante da
face ou presença de Deus.
2) O candelabro (Menorah) de ouro
Santo Lugar não havia
nenhuma janela ou local para entrar a luz. Foi iluminado por um candelabro de
ouro glorioso, que estava colocado no lado oposto à mesa ao lado sul no Santo
Lugar. Feito de um pedaço de ouro sólido batido, que pesou aproximadamente 43 kg.
Em hebraico é conhecido como “menorah”
e um dos símbolos mais comuns do Judaísmo.
O
menorah dentro do Santo Lugar do tabernáculo era uma obra de beleza
extraordinária e consistia em três partes principais: a base, a haste principal e as hastes
filiais. Acima da base surgia uma haste vertical e dos dois lados
desta haste, saíam três hastes filiais que se encurvam para o lado e acima.
Cada
uma das seis hastes filiais e a haste central terminavam em um pote feito em
forma de uma flor de amêndoa aberta. No mesmo topo as pétalas abertas da flor
seguravam uma luminária de óleo. Foram decoradas habilmente a haste central as
filiais com aquele mesmo desenho de flor de amêndoa abertos com três em cada
haste e quatro na haste central.
A
decoração era tão primorosa e detalhada, que Deus ordenou que somente artesãos
altamente qualificados e ungidos pelo Espírito Santo poderiam fazer isto.
Nenhuma medida é determinada acerca do seu tamanho exato (quem pode medir a luz
de Deus?). As sete luminárias de óleo que descansam nas pétalas de flor estavam
como pequenos potes. Uma linha ou pavio de linho eram colocados na luminária, e
o fogo nunca poderia apagar (Lv. 24:2).
Somente
o sumo sacerdote poderia trocar o
óleo da luminária. Ele era responsável pelo trabalho com as luminárias.
3) O Altar de Incenso
O Altar de Incenso
estava para frente, antes do véu, a terceira peça de mobília no Santo Lugar no qual o
santo incenso foi queimado. Foi feito de madeira de acácia revestida com puro
ouro e estava mais alto do que qualquer outro artigo no lugar santo, 2 côvados
(90 cm) de altura. Tinha um côvado quadrado e tinha ao
redor, no topo, uma coroa de ouro. Tinha quatro chifres dourados da
mesma maneira que o altar de bronze no pátio. Abaixo, em cada lado tinha anéis
dourados para inserir as varas para o transporte.
Tinha
4 chifres de ouro, um chifre em cada canto.
(4-acampamentos - leste- Judá, sul - Ruben, oeste - Efraim, norte - Dã, todo o
povo de Deus).
O
altar dourado era usado com incenso ardente, que duas vezes por dia era
oferecido pelo sacerdote, depois que ele tivesse acendido o pavio e abastecido
de azeite as luminárias santas. Seus chifres também foram aspergidos com o de
sangue da oferta pelo pecado.
O
incenso era uma mistura de três especiarias ricas e raras, que
não foram identificadas até hoje. Estas eram misturadas com o puro incenso, moídas e misturadas
com sal. Esta fórmula foi totalmente proibida para ser cheirada por qualquer
indivíduo. Só podia ser usada na adoração a Deus no Santo Lugar.
O
incenso era queimado com pedaços de brasa que o sacerdote removia com um
incensário ou vasilha do altar de holocausto no pátio. Um incensário era uma
tigela rasa ou panela com uma manivela. Também era usado para remover as cinzas do altar, ou
recolher as partes queimadas do pavio do candelabro.
O Santo dos Santos ou Lugar
Santíssimo
Um
pequeno cômodo de 10 cúbitos x 10 cúbitos (5 x 5m) separado do Santo Lugar pelo
véu. Ali havia uma peça da mobília
remissória, a Arca da Aliança, com seu propiciatório. Ali não havia
nenhuma luz natural como a do sol, e nenhuma luz artificial, mas a própria
Glória de Deus a "Shekinah” iluminava o Lugar Santíssimo.
Não
havia ali nenhum assento para o homem, aqui, Jeová sentou-se só, no trono de
glória e justiça. Como o Sumo Sacerdote entrava uma vez ao
ano, ele entrava com cabeça curvada, pés descalços, e sinos. Nenhuma voz humana
era ouvida, só a voz de Deus.
Este
dia veio a ser conhecido “Yom Kippur” (Dia
do Perdão) até hoje celebrado pelos Judeus. O Santo dos Santos era o principal
lugar do Tabernáculo; na verdade ele era a razão da existência do Tabernáculo.
A tampa da Arca ou Propiciatório
O
Propiciatório era a tampa ou a cobertura de ouro sólido, com o mesmo tamanho da
tampa Arca (2,5 côvados de comprimento x 1,5 côvados de largura). Acima do
Propiciatório, havia dois querubins de ouro batido um em frente do outro. As
suas asas estendidas obscureciam a tampa de ouro e as suas faces estavam
constantemente olhando para baixo. Eles representavam a presença e santidade do
Senhor e são seus instrumentos escolhidos de juízo, para qualquer que se
presença pecadora diante do Senhor, e quando olhavam para o sangue, a ira de
Deus é aplacada, e eles permanecem em paz.
Depois
que os filhos de Israel viajavam para o Monte Sinai, Deus falou a Moisés no monte, que Ele
levaria a sua tenda nas suas jornadas: Ex 25:8-9 "E me farão um santuário, e
habitarei no meio deles. Conforme a tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo, e para modelo de todos os seus pertences, assim mesmo o fareis."
Quando
Deus revelou o modelo do tabernáculo, e a sua maneira de se aproximar, Ele
também disse a Moisés o local onde Ele se encontraria: Ex 25:22 "E ali virei a ti, e falarei
contigo de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins (que estão sobre a
arca do testemunho), tudo o que eu te ordenar para os filhos de Israel."
Assim, as asas estendidas do querubim faziam um trono para Deus, de onde Ele
governa a terra, como uma representação real do trono no céu: 1 Sm 4:4 "Enviou, pois, o povo a Siló, e
trouxeram de lá a Arca da Aliança do SENHOR dos Exércitos, que habita entre os
querubins;"
Quando
Deus falou a Moisés do meio da nuvem no Sinai, Ele também lhe falou que Ele
desceria para falar com o seu povo. Era do propiciatório que Ele disse: Num 7:89 " E, quando Moisés entrava na
tenda da congregação para falar com ele, então ouvia a voz que lhe falava de
cima do propiciatório, que estava sobre a arca do testemunho entre os dois
querubins; assim com ele falava."
Tabernáculo e o Homem
O Átrio
exterior ou Pátio > O Corpo
O Santo
Lugar > A Alma
O Santo
dos Santos > O Espírito do Homem
Dentro do
Santo dos Santos havia uma única peça: A Arca da Presença de Deus ou Arca do
Testemunho (Aliança).
A
Arca era uma caixa de madeira Acácia
revestida de ouro por dentro e por fora e uma tampa de ouro puro, chamada de
Propiciatório.
Dentro da Arca haviam 3 objetos:
1) As tábuas da Lei (10 mandamentos)
É
importante notar que a arca continha as duas tábuas do Decálogo (os Dez
Mandamentos). Lembrando que Deus tinha feito uma aliança com Israel, mas o seu
povo tinha quebrado. Por sua graça, Deus renovou a aliança, e ordenou que o
registro (as tábuas de pedra) deveriam ser depositados na santa arca. O Livro
da Aliança que tratava de outros aspectos da lei e das ordenanças foi
depositado ao lado da arca. Mas os 10 Mandamentos foram armazenados dentro da
própria arca.
2) O Pote contendo Maná
Também
foram colocados dois outros artigos dentro da arca. Um deles era um pote
contendo um ômer (3,6 litros) de maná (Hb. 9:4) como um memorial da provisão de
Deus.
3) A Vara de Arão que floresceu
A vara de
Arão foi um dos episódios mais tristes onde Israel questionou a autoridade de
Moisés e de Arão como seus líderes, o que trouxe graves consequências (Nm 17:10).
O SACERDOTE
Considerando
que Deus desejava que Israel fosse uma nação santa (Ex 19:06), nomeou a Arão e seus filhos para
constituírem o sacerdócio. Antes do Êxodo, o chefe da família, ou primogênito
desempenhava o papel de sacerdote familiar, mas a complicação dos ritos do
tabernáculo e a exigência de observá-los com exatidão tornaram necessária a instituição
de um sacerdócio dedicado totalmente ao culto divino. A vocação sacerdotal era
hereditária, de modo que os sacerdotes podiam transmitir a seus filhos as Leis
detalhadas relacionadas com o culto e
com as numerosas regras às quais os sacerdotes vivam sujeitos a fim de manterem
a pureza legal que lhes permitisse aproximar-se de Deus.
Os
levitas eram ajudantes dos sacerdotes. Por terem sidos resgatados da morte, na
noite da Páscoa, os primogênitos das famílias hebraicas pertenciam a Deus, mas
os levitas, por seu zelo espiritual, foram escolhidos divinamente como
substitutos dos filhos mais velhos de cada família (Ex 32:25-29, Nm 3:5-13, 8:17-19). Os levitas assistiam os
sacerdotes em seus deveres, transportavam o tabernáculo e cuidavam dele
AS FUNÇÕES DOS SACERDOTES
a) Servir
como mediadores entre o povo e Deus, interceder pelo povo e expiar o pecado
mediante o sacrifício, e desse modo reconciliar o povo com Deus.
b) Consultar
a Deus para discernir a vontade divina para o povo (Nm 27:21, Dt 33:08).
c) Ser os intérpretes e mestres da
Lei e ensinar o povo os estatutos do Senhor (Lv 10:11, Ez 44:23).
d) Ministrar nas coisas sagradas do
Tabernáculo.
OS REQUISITOS DOS SACERDOTES
a) Um dos
maiores requisitos para o sacerdócio era a santidade
b) Era
preciso ser homem sem defeito algum (Ex 21:16-21).
c) Ser casado com uma mulher de caráter
exemplar
d) Não devia
contaminar-se com costumes pagãos nem tocar em coisas imundas.
A CONSAGRAÇÃO DOS SACERDOTES
A cerimônia
que consagrava sacerdotes era celebrada na presença de todo o povo. Moisés
ministrava como sacerdote oficiante. Todos os pormenores da cerimonia
assinalavam a transcendência de Deus. Ele está com seu povo, porém este não
deve trata-lo com familiaridade. Somente podem aproximar-se dele pelos meios
que Ele prescreve. O pecado impede aos homens de se aproximar-se da presença
divina. Os sacerdotes e tudo o que eles empregavam tinha de ser consagrados ao
serviço divino. Portanto, Arão e seus filhos tinham de estar devidamente limpos
e ataviados e deviam ter expiado seus pecados antes de assumirem os deveres
sacerdotais.
AS VESTIMENTAS DOS SACERDOTES
COMUNS
A veste sacerdotal era muito diferente da veste do judeu comum.
Além do mais, a vestimenta do sumo sacerdote diferia daquela do sacerdote
comum.
a) Os calções
Entre os hebreus,
só os sacerdotes usavam calções. Em alguns países vizinhos, tanto os calções
como as calças eram usados pelos homens comuns.
Os judeus usavam
linho fino para fazer esta vestimenta sacerdotal. Evidentemente, servia como
roupa de baixo de sorte que o sacerdote não ficasse exposto quando subia os
degraus do templo para ministrar no altar (Êxodo 28:42-43). Esta vestimenta
de baixo cobria o corpo do sacerdote desde a cintura até aos joelhos. Em vez de
calças, os "calções" provavelmente eram um avental duplo. Outras
referências a calções encontram-se em Êxodo 39:28; Levítico 6:10; 16:4; e
Ezequiel 44:18.
b) Manto
Os
sacerdotes usavam também mantos de linho fino durante o serviço no templo.
Essas vestimentas vinham do tecelão que fazia a peça inteiriça. Eram presas à
cintura por um cinto decorado com trabalho de agulha (Êxodo
38:31-34). A vestimenta de Jesus era também um manto sem costura,
simbolicamente mostrando seu sacerdócio universal (João
19:23; Hebreus 4:14-15). O manto ou túnica do sacerdote chegava quase a cobrir os pés e
era tecido num formato de losango ou xadrez.
c) Tiara
O sacerdote comum usava uma tiara. Esta peça era feita 3 de
linho fino (Êxodo 39:28). A palavra hebraica migbaoth, da qual sei traduziu tiara significa "ser
sublime".
d) Calçado
Durante o culto, os sacerdotes ficavam descalços. Antes de
entrarem no tabernáculo, deviam lavar as mãos e os pés "Pôs a bacia entre
a tenda da congregação e o altar, e a encheu água, para se lavar. Nela Moisés,
Arão e seus filhos lavavam as mãos e os pés" (Êxodo
40:30-31). A área na qual os sacerdotes ficavam era considerada solo
sagrado, como foi no caso de Moisés e a sarça ardente (Êxodo
3:5).
O SUMO SACERDOTE
Era
o sacerdote mais importante. Somente ele entrava uma vez por ano no Lugar
Santíssimo para expiar os pecados da nação israelita. Somente ele usava o
peitoral com os nomes das tribos e atuava como mediador entre toda a nação e
Deus. Somente ele tinha o direito de consultar ao Senhor mediante o Urim e Tumim
(Luzes e Perfeições). Embora o sacerdote em alguns aspectos prefigure o
cristão, o sumo sacerdote simboliza a Jesus Cristo (I Pe. 2.5,9; Hb. 2.17;
4.14).
AS VESTES DO SUMO
SACERDOTE
a) O Éfode (Ex 28:6-14, 39:2-7)
As
roupas dele tiveram que ser feitas especialmente por aqueles que tinham sido
dotados de habilidade particular para a tarefa. Por cima de um manto de
trabalho, o Sumo Sacerdote usava uma vestimenta chamada de 'éfode', feito de
linho com ouro,
azul,
púrpura
e escarlata.
Estendia-se para a frente e para atrás do corpo, em duas partes que foram
apertadas junto ao ombro através de duas pedras de ônix fixadas em ouro. Em
cada uma destas foram gravadas os nomes das doze tribos de Israel. Foram
colocados seis nomes, em ordem de nascimento, em um ombro e seis no outro. Isto
significa que todas as vezes que o Sumo Sacerdote entrava no Santo Lugar, ele
levava os nomes das tribos diante do Senhor, e de acordo com o caráter de
sacerdote, ele representava estas diante de Deus.
De
modo geral, um éfode era um manto ou xale, mas para o Sumo Sacerdote era um
artigo de vestuário exterior particular, no estilo de uma túnica ou avental.
Foi feito de linho azul, púrpura e escarlata e havia linhas douradas tecidas
nele. Foi feito em dois pedaços unidos junto aos ombros com ganchos dourados.
Cada gancho era fixo com uma pedra de ônix gravada.
O
éfode como um todo, com suas cores diferentes e materiais, simboliza a Cristo
em seu ministério de Sumo Sacerdote. Cristo, o Sumo Sacerdote leva o seu povo
nos seus ombros, o lugar de força e assento de poder. Os ombros também falam de
levar um fardo, Cristo, o Sumo Sacerdote leva todo o fardo.
b) A Faixa ou Cinto
A
frente e atrás do éfode foi feito como as vestes, uma faixa ou cinto que foram
colocados sobre a cintura do sacerdote . E era de linho azul, purpúra, e
escarlate entrelaçado com linhas douradas. No linguagem da Escritura o
sacerdote devia ser 'cingido' com este cinto, para que ele fosse vestido
completamente nos seus vestuários dele e preparado e pronto para servir.
c)
O Peitoral (Ex 28:15-29, 39:8-21)
Por
cima do éfode, o Sumo Sacerdote usava um peitoral que era uma bolsa de aproximadamente 22 cm2
feito de material formosamente tecido. Na frente do peitoral foram firmadas as
doze pedras preciosas em quatro filas de três. Em cada uma destas pedras foi
gravado o nome de uma das tribos de Israel.
O
peitoral era de feito um pedaço de tecido elaborado, acabado do mesmo material
que o éfode. Eram duas tiras dobradas, em si mesmas para formar uma bolsa
quadrada na qual foram colocados o Urim e Tumim. O peitoral estava
fixo em seu lugar por cadeias douradas presas aos ganchos do ombro, de ônix e
também por tiras azuis que prenderam o peitoral ao éfode. Evidentemente, havia
um anel dourado pequeno preso a cada canto do peitoral para qual em troca foram
conectadas as cadeias douradas e as tiras. As pedras no peitoral representaram
as doze tribos de Israel, e eles foram levados continuamente diante do Senhor
como um memorial. Já que as doze pedras estavam em um peitoral, eles falam da
unidade do povo de Deus; enquanto a posição deles no peito de Arão fala do
afeto de Deus para com o seu povo. Os nomes no peitoral sempre estavam perto do
coração de Arão da mesma maneira que com Cristo e os seus queridos.
d) Urim e Tumim (Ex 28:30, cf. Num. 27:21, 1 Sam.28:6)
Não
se sabe com certeza o que o Urim e Tumim realmente eram, mas provavelmente eles
podem ter sido duas pedras preciosas, possivelmente pedras preciosas que eram
idênticas em sua forma. Um ou o outro poderia ser tirado da bolsa para prover
um sim ou não, em resposta ao buscar o Senhor para direção.
Na
Escritura foi citado explicitamente que o Urim e Tumim estavam no peitoral,
parecendo que eles estavam separados das doze pedras montadas no lado de fora.
O nome Urim quer dizer "luzes", enquanto Tumim quer dizer
"perfeições"; e estes significados conduziram alguns para colocá-las
como sendo talvez pedras flamejadas de um modo particular para indicar
"sim" ou "não".
e) O Manto do Éfode (Ex 28:31-35,
39:22-26)
Debaixo
do éfode do Sumo Sacerdote havia um manto azul. Foram presos sinos (campainhas)
dourados à orla e romãs
do mesmo material penduradas entre os sinos.
O
manto do éfode era um vestuário feito de tecido azul sem manga azul usado
diretamente em baixo do éfode e estendendo-se algumas polegadas, provavelmente
debaixo dele. Aparentemente havia uma fila de romãs bordados na orla (Ex 39:24) intercalados com
tinir de sinos dourados que soavam quando o sacerdote se movia. Os sinos falam
de escutar a Deus enquanto se está em seu serviço, e a sua música traz uma
certa alegria. As romãs falam de frutificação (sementes abundantes) e é um
símbolo da Palavra de Deus como alimento espiritual doce e agradável. O som dos
sinos poderia ser ouvido quando Arão entrava no Santo Lugar diante do Senhor, e
o seu povo ao escutar saberia que ele não tinha sido morto na presença de Deus,
mas que a sua oferta por eles havia sido aceita por Deus.
f)
A Mitra e Coroa (Ex 28:36-38, 39:30, 31)
Na
sua cabeça, o Sumo Sacerdote usava um turbante
ou mitra de linho fino
que era ligado ao redor da cabeça em rolos, como um turbante ou tiara. Na
frente da mitra na testa de Arão, presa por uma tira azul, havia a lâmina
dourada gravada SANTIDADE AO SENHOR. Esta era uma lembrança constante da aliança
de santidade para o povo de Israel e para o Sumo Sacerdote em seu chamado. O
Senhor disse a Moisés,
'Fala a toda a congregação dos filhos de Israel, e dize-lhes: Santos sereis,
porque eu, o SENHOR vosso Deus, sou santo. ' (Lev. 19:2).
Estando
marcado em seu interior, o Sumo Sacerdote simbolizava a verdadeira santidade na
terra, na qual só Israel poderia ser aceito diante de Deus. Ele verdadeiramente
era o homem mais importante na Terra. A posição distinta da lâmina dourada na
testa de Arão deu significado especial e caráter a todos os artigos de
vestuário e para o seu ofício. Se praticando a santidade, Arão poderia ser
assegurado de que ele estava qualificado para o serviço divino e foi aceito por
Deus como um mediador entre Deus e o povo de Israel.